Antes mesmo de assumir o novo mandato, o que só ocorrerá em 1º de janeiro de 2023, o governador Carlos Brandão (PSB) já ostenta um estilo de fazer política que se contrapõe às práticas adotadas pelo antecessor, Flávio Dino (PSB), senador eleito e pretenso ministro de Lula. Avesso a conflitos que, porventura, ameacem desestabilizar sua futura administração, o chefe do Executivo vem defendendo publicamente o diálogo e manifestando total repúdio ao ódio e à perseguição, tão comuns quando dinistas e asseclas eram os inquilinos do Palácio dos Leões.
Ninguém que espere de Brandão o modo opressor como Dino se relacionou com adversários – que sempre considerou inimigos – e até mesmo com setores da imprensa e da blogosfera maranhenses que não lhe beijavam a mão. Tratados com extremo revanchismo, os desafetos políticos sofreram duras retaliações, inclusive retenção de emendas e de outros repasses e invasão de suas bases eleitorais, uma clara e maldosa tentativa de varrê-los da vida pública.
Quanto a jornalistas, radialistas e blogueiros que se recusaram a ler na cartilha palaciana nos seus sete anos e três meses de gestão, Flávio Dino jamais hesitou em buscar vingança e montou uma imponente máquina de mover processos em diferentes tribunais. Dezenas de comunicadores foram levados às barras da Justiça e muitos foram condenados a pagar pesadas multas financeiras e até mesmo sentenciados à prisão, quase sempre convertida em penas alternativas, como prestação de serviços à comunidade, após prevalecer o bom senso e por receio de repercussão negativa e inevitável desgaste.
A postura de Brandão vai na contramão da tirania de Flávio Dino, forjada nos ideais comunistas, faceta que ele tentou mascarar ao se filiar ao PSB, sem nunca ter convencido quem o conhece de verdade ou já foi vítima da sua intolerância e ira implacáveis.
Para o bem da população, da classe política e da sociedade maranhense em geral, o momento é outro. O ambiente agora é de pacificação, graças à coragem de Brandão de romper com um ciclo perverso, que tão mal fez ao estado, em todos os sentidos.