PF apura fraudes em licitação envolvendo recursos para Covid-19 no Maranhão

0comentário

Investigações apontam para suposta simulação e superfaturamento de insumos

Policiais federais e auditores da CGU chegam à sede de uma das prefeituras investigadas na operação

A Polícia Federal, com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou, nesta quinta-feira (17), a OPERAÇÃO ARRIVISMO, nos municípios de São Luís/MA, Pedreiras/MA, Bacabal/MA, Timon/MA e Teresina/PI, com a finalidade de desarticular grupo criminoso que realizava a venda fictícia e super faturada de produtos e insumos destinados ao combate à pandemia da Covid-19 no município de Pedreiras/MA.

Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e outras medidas diversas da prisão decretadas para 17 alvos da operação. Ao todo, 66 policiais federais e quatro auditores da CGU cumpriram as determinações judiciais expedidas pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Maranhão (SJMA), em decorrência de representação elaborada pela Polícia Federal.

Policial federal vasculha escritório em busca de mais Indícios da prática dos crimes investigados

Simulação e superfaturamento

A investigação teve início a partir de informações produzidas pela Central de Operações Estaduais da Secretaria-Adjunta da Fazenda do Estado do Maranhão. Informações iniciais apontavam para suposta simulação e superfaturamento na venda de vários insumos e materiais que deveriam ser utilizados no combate à pandemia, como aventais, máscaras, ventilador eletrônico e diversos litros de álcool em gel.

Posteriormente, a pedido da Polícia Federal, a CGU reforçou os indícios anteriores e trouxe elementos indicadores de fraudes em pelo menos sete processos de dispensa de licitação do município de Pedreiras/MA.

Investigadores da PF verificam documentos ao cumprir mandado em escritório de um dos suspeitos

A partir dos dados fornecidas por esses órgãos, a Polícia Federal efetuou a análise de informações financeiras suspeitas constantes em extratos bancários e confirmou movimentações atípicas de pelo menos quatro empresas envolvidas, calculando prejuízos aos cofres públicos que ultrapassam os R$ 700 mil.

Cartas marcadas

O modus operandi utilizado pelo grupo criminoso consistia em realizar a combinação e montagem de diversos processos de dispensa de licitação, muito comuns durante a pandemia de Covid-19, a fim de justificar a contratação de empresas específicas, beneficiando empresários e servidores públicos.

Policial federal checa arquivos em computador para obter mais provas das fraudes nas licitações

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato, sonegação fiscal, lavagem de capitais e associação criminosa, com penas que somadas podem chegar a 34 anos de prisão.

A justificativa para o nome arrivismo se baseia na qualidade de uma pessoa arrivista, que faz tudo para obter sucesso, não se importando com as consequências de seus atos. O nome foi escolhido devido ao fato de as fraudes ocorrerem durante o pico da pandemia da Covid-19 no Brasil, o que gerou uma oportunidade para os criminosos.

Sem comentário para "PF apura fraudes em licitação envolvendo recursos para Covid-19 no Maranhão"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS