Contratada por mais de R$ 236 milhões, no final do ano passado, pelo então governador Flávio Dino (PSB), para administrar o Hospital do Câncer do Maranhão Dr. Tarquínio Lopes Filho (antigo Hospital Geral), a Associação Brasileira de Entidades de Assistência Social (Abeas), sediada em Goiás é acusada de maltratar e desrespeitar pacientes. Segundo fonte do blog que se submete a tratamento na unidade de saúde, enfermos e acompanhantes frequentemente são humilhados por funcionários visivelmente despreparados para atuar no atendimento de saúde.
O autor da denúncia encaminhada ao blog dá nota “zero” ao tratamento dispensado pelo Hospital do Câncer aos pacientes, classificado por ele como desumano. Sem fazer jus aos R$ 236.074.312,32 (duzentos e trinta e seis milhões, setenta e quatro mil, trezentos e doze mil reais e trinta e dois centavos) que receberá dos contribuintes maranhenses em dois anos, a Abeas mantém em seu quadro de pessoal indivíduos mal-educados e negligentes.
Como exemplo, o denunciante cita o caso de um maqueiro flagrado conversando ao telefone celular enquanto um paciente agonizava no chão. Ele menciona ainda as cadeiras velhas e em número insuficiente disponíveis ao público, que impõem extremo desconforto, inclusive aos doentes. Com assentos a menos na recepção, que geralmente fica lotada, muitos cidadãos são obrigados a aguardar horas pelo atendimento em pé.
“É muita falta de respeito com o povo. O governador Carlos Brandão e o seu secretário de Saúde deveriam visitar o Hospital do Câncer para constatar o tratamento humilhante dispensado por essa empresa forasteira aos maranhenses, muitos deles lutando pela vida, em estágios avançados de uma doença tão agressiva como o câncer”, lamentou.
Em tempo: o ex-secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Lula, que assinou com Flávio Dino a contratação milionária da Abeas, é candidato a deputado estadual e desponta entre os favoritos para ganhar a eleição.
O vídeo abaixo mostra pacientes e acompanhantes aglomerados na recepção do Hospital do Câncer do Maranhão, muitos deles aguardando atendimento em pé: