
Uma grave suspeita de corrupção recai sobre o Governo do Maranhão durante a atual campanha eleitoral. Operando há mais de dois anos sob intervenção do Estado, decretada pelo então governador Flávio Dino (PSB), a Serviporto, operadora de transporte por ferryboat, pode estar sendo usada em um esquema de lavagem de dinheiro para fins políticos.
Segundo uma fonte do blog muito bem situada no ramo de transporte aquaviáro que interliga São Luís e o continente, por meio da travessia entre os terminais da Ponta da Espera e do Cujupe, o governo maranhense não estaria honrando nenhuma obrigação financeira assumida pela Serviporto, mesmo mantendo controle absoluto sobre o caixa da empresa desde 2020.
Entre as obrigações da Serviporto não quitadas pelo Estado estão financiamentos para compra de embarcações contraídos junto a bancos e parcelamentos que vinham sendo pagos rigorosamente em dias antes da decretação da intervenção.
Falta de transparência
Reforça a suspeita de uso da empresa em um esquema de lavagem de dinheiro para fins eleitoreiros a falta de transparência quanto ao faturamento com venda de passagens para viagens no ferryboat Cidade de Araioses, pertencente à Serviporto, recém-reformado e reinserido na travessia. A não prestação de contas da receita gerada pela embarcação e as demais e a não quitação de financiamentos e outras obrigações assumidas pela permissionária são fortes indícios de prática ilícita.
Caso seja comprovada, o que depende de investigação dos órgãos especializados, a lavagem de dinheiro oriundo do faturamento da Serviporto, além de ser um ato de corrupção gravíssimo, passível da pena mais rigorosa, é um duro golpe na empresa, cujos sócios terão que arcar com um custo milionário, referente ao endividamento provocado pelo atual governo como parte do plano de se manter no poder.