Mais um episódio que comprova as condições desfavoráveis da balsa “José Humberto”, improvisada para navegar como ferryboat na travessia entre a Ilha de São Luís e o continente. Ao cumprir uma das rotas, neste domingo (31), a embarcação teve suas instalações parcialmente inundadas após ser invadida pela água da chuva, que rompeu a estrutura frágil que reveste o teto.
O incidente deixou passageiros indignados e a tripulação completamente atônita, sem saber o que fazer. O jeito foi remanejar os usuários dos locais molhados para outros espaços. A operação transcorreu de forma atabalhoada e sob protestos contra a precariedade da balsa, que antes de ser alugada no Pará e trazida para o Maranhão para operar na travessia aquaviária entre os terminais da Ponta da Espera e do Cujupe, só havia navegado em rios em seus 35 anos de fabricação.
A inundação da balsa pela água da chuva reforça a desconfiança em relação ao aval dado pela Marinha do Brasil para que a embarcação opere no transporte de passageiros entre a capital e a Baixada Maranhense. Será que as vistorias realizadas pela Capitania dos Portos não detectaram a vulnerabilidade do teto à chuva?
Além de por em xeque a autorização concedida pela Marinha, o caso torna ainda mais consistentes os alertas feitos pela promotora de Defesa do Consumidor, Litia Cavalcânti, quanto ao risco das viagens na embarcação alugada e adaptada para navegar como ferryboat.
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