Em entrevista coletiva concedida em São Luís, no início da tarde desta quinta-feira (14), o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), criticou duramente o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), por não ter cumprido de imediato a lei federal que reduziu o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis, da energia elétrica, das comunicações e do transporte público. Segundo o chefe da nação, ao retardar a aplicação da legislação, o governante maranhense ganhou tempo para arrancar mais dinheiro da população pobre do estado com arrecadação tributária.
Bolsonaro afirmou que em vez de ter encaminhado projeto de lei sobre a matéria à Assembleia Legislativa, Brandão poderia ter baixado um decreto para fazer cumprir a lei, assim como ocorreu na maioria dos outros estados brasileiros. O presidente anunciou que tomará medidas para que a legislação seja aplicada no estado.
Questionado sobre a última posição ocupada pelo Maranhão no ranking nacional da pobreza, Bolsonaro atribuí o cenário tão calamitoso ao modelo de governo comunista em vigor, que não deu certo em nenhum lugar no mundo. “É um estado rico com população pobre, por estar sendo governado nos últimos anos por comunistas”, condenou.
Ao responder à pergunta sobre quais nomes está apoiando nas eleições no Maranhão, o presidente informou que até o momento definiu apenas o seu candidato a senador, que é Roberto Rocha (PTB). Em relação às disputa pelo governo estadual, disse estar observando uma divisão entre seus aliados, o que para ele é um fator de enfraquecimento. “Quando os bons se dividem, os maus acabam vencendo”, alertou.
Ferryboats
Ao ser indagado sobre a crise do transporte por ferryboats que opera entre São Luís e a Baixada Maranhense, Bolsonaro disse não ter conhecimento sobre a situação, mas garantiu que se o problema for da alçada federal, tomará providências. Para isso, adiantou que vai acionar o Ministério da Infraestrutura e buscar informações junto à bancada maranhense no Congresso Nacional para intervir na questão, se possível, ainda hoje.
Quanto à hostilidade demonstrada à sua pessoa pelo ex-governador Flávio Dino (PSB), que recentemente o comparou ao demônio, Bolsonaro declarou que essa política de ódio não o fará conquistar a simpatia e o apoio do povo.
É a mais pura verdade. Sabendo que não alcançará êxito nas eleições, tenta decapitar o povo até os últimos centavos.