Em nota, MOB comunicou que a embarcação iniciará a travessia entre a Ponta da Espera e o Cujupe tão logo seja liberada pela Capitania dos Portos
Por meio da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), o Governo do Estado desmentiu que o ferryboat José Humberto, encomendado no Pará para operar na travessia aquaviária entre os terminais da Ponta da Espera e do Cujupe, tenha sido reprovado em vistoria pela Capitania dos Portos. Por meio de nota, a administração estadual reafirmou que a embarcação entrará em operação tão logo a Marinha autorize.
De acordo com a MOB, todas as pendências referentes à embarcação foram sanadas, restando apenas a inspeção final da Capitania dos Portos para que o ferry comece a transportar passageiros entre a Grande Ilha de São Luís e o continente.
Ignorando todos os alertas quanto à incompatibilidade do ferry com as condições naturais da Baía de São Marcos – águas agitadas e o temido canal do Boqueirão -, o governo está mesmo disposto a assumir os riscos só seu “investimento”. À espera do aval da Marinha do Brasil desde que chegou a São Luís, no último dia 1º, vindo do Pará, onde recebeu nova pintura e alguns reparos superficiais, a balsa adaptada ainda não transportou passageiros na rota aquaviária entre a capital maranhense e Alcântara.
Fora do Maranhão para tratamento de saúde, o governador Carlos Brandão (PSB) foi induzido a informar, erroneamente, que o ferryboat já estava em operação. Mas logo a verdade veio à toma, por meio de fontes não oficiais e por informes do próprio governo.
Fatores de risco
A idade da embarcação, construída há 35 anos por um estaleiro de Manaus, capital do Amazonas; o fato de a mesma só ter navegado em rios nessas três décadas meia e a capacidade inferior do motor, que tem apenas metade da potência dos que fazem a travessia entre a Ponta da Espera e o Cujupe atualmente, são alguns dos fatores apontados como temerários.
Em seu comunicado, a MOB informou que em ofício expedido no último dia 8, a Capitania dos Portos requisitou documentos e procedimentos administrativos acerca do ferryboat José Humberto. E ressaltou que a maioria das pendências se referia à atualização de documentação, não tendo sido, em nenhum momento, apontada restrição de navegação da referida embarcação.
Confira o comunicado da MOB: