Salta aos olhos o clima de tensão a cada viagem do ferry-boat José Humberto, encomendado pelo Governo do Maranhão para operar a travessia que interliga os terminais da Ponta da Espera, em São Luís, e do Cujupe, em Alcântara. Construída há 35 anos por um estaleiro do Amazonas, a embarcação foi maquiada para parecer nova e segura, mas suas condições estruturais ainda são um mistério.

Em um vídeo feito nesta terça-feira (8), um internauta flagrou o momento em que um carro utilitário era embarcado no ferry. Nas imagens, é possível notar o extremo cuidado para que o veículo adentre a embarcação sem nenhuma intercorrência, o que seria desastroso para o governo em meio à grave crise que compromete o serviço.

Uma equipe inteira foi mobilizada para tentar garantir que nenhum sinistro ocorresse na plataforma e no memento em que o carro foi posicionado na rampa de acesso para ser embarcado no ferry-boat. Enquanto um operador orientava o motorista para evitar um possível erro ou descuido, outros seis profissionais, pelo menos, monitoravam as manobras, mesmo sendo estas corriqueiras e de simples execução.

Preocupação?

Até um membro da Marinha Mercante do Brasil,. profissional habituado a conviver com o movimento em terminais marítimos/aquaviários, correu para acompanhar o embarque de perto, talvez ciente dos riscos relacionados ao ferry incluído recentemente pelo governo na rota da travessia entre São Luís e o continente.

Em tempos de intervenção do Estado na Servi-Porto, maior e mais antiga empresa que opera o transporte aquaviário entre a Ponta da Espera e o Cujupe, todo cuidado é pouco e qualquer artimanha é válida para ocultar o fracasso da gestão estatal do serviço.

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