Francisco Soares, que já foi secretário-adjunto de Transporte do Maranhão, membro do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e é coordenador do Observatório do Trânsito do Maranhão, adorou a segurança no trânsito após perder o filho primogênito em um acidente automobilístico na Avenida Carlos Cunha, no Jaracati
Uma “arapuca de multas”. Assim classifica o engenheiro especialista em Gestão de Trânsito Francisco Soares os dois fotossensores instalados esta semana pela Prefeitura de São Luís no trecho da Avenida dos Holandeses próximo à rotatória de acesso ao Golden Shopping. Com a experiência e a autoridade de quem já foi secretário-adjunto de Transporte do Maranhão, membro do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e é o coordenador do Observatório do Trânsito do Maranhão, Soares critica duramente o posicionamento dos equipamentos no local
Segundo o engenheiro, é um absurdo inominável a colocação de pardais em uma via que registra muitos acidentes provocados por erro de geometria e outros vícios construtivos. A avenida é uma rodovia estadual e tem gestão de trânsito da prefeitura por meio de um convênio. “Querer transformar a MA-203 numa arapuca de multas é um absurdo”, condena.
Trânsito virou sacerdócio após perda do filho
Sobre os comentários de que suas críticas são ignoradas pelas autoridades, ele disse ter plena consciência do pouco caso. E mesmo sabendo que seus apelos não chegam aos ouvidos desses monstros que gerenciam o trânsito na cidade, no estado e no país, ele se manterá vigilante, pois abraçou a missão após uma tragédia familiar.
“Desde o dia que perdi o meu filho primogênito, de apenas 25 anos, para o trânsito de São Luís, tomei a decisão de não parar de falar. Prego para as águias das montanhas, prego para os peixes do oceano, prego para a areia dos desertos, prego para os leões de bronze do palácio, prego para o piso de lioz da velha cidade de São Luís, mas também prego para pessoas boas como você”, ressalta.
E prossegue: “trânsito deixou de ser minha paixão intelectual e virou objeto do meu sacerdócio. Sei que minhas palavras jamais chegarão aos ouvidos desses homens maus que dirigem os nossos destinos nas vias públicas e se deliciam com o nosso sangue derramado no asfalto. Mas não vou desistir. Sou um velho que fala e que não vai parar de falar, doa a quem doer, machuque a quem machucar. O meu compromisso agora é com a vida e não com a morte!”, exorta.
Caro Daniel,
Deixando claro que o termo “ arapuca de multas” não é para designar “dolo” ou “esperteza” da autoridade de trânsito municipal em aplicar multas , mas sim devido a falta de sinalização alertando que a via está sendo monitorada e/ou fiscalizada eletronicamente ! Sabe-se que nessas condições a multa sequer pode prosperar por falta de sinalização
Espero que a SMTT corrija essa falha imediatamente !
Abc