Prefeito de São José de Ribamar, Dr. Julinho, destaca a importância da obra para a comunidade
A Prefeitura de São José de Ribamar assinou a Ordem de Serviço para execução de obras de infraestrutura na Vila Piçarreira. A execução faz parte do Programa RibAmar Cidade em Obras, que atua em diversas frentes de trabalho na Cidade Balneária.
Ao todo, a Vila Piçarreira vai receber quase 4.500 metros de pavimentação, sendo 3.500 metros de pavimentação em bloquetes e 840 metros de pavimento asfáltico.
O prefeito Dr. Julinho assina a ordem de serviço, ao lado do deputado federal Cléber Verde, autor da emenda parlamentar que viabilizou a obra
Segundo o morador Francisco Costa, as obras chegaram em um momento oportuno. “Uma ação como essa nunca aconteceu. Estou muito emocionado, pois hoje tivemos uma notícia que vai revolucionar nossa comunidade”, destacou.
Para a moradora Esmeralda Frazão, a pavimentação das ruas é um sonho. “Há vinte e seis anos, nossa comunidade espera por melhorias. Agora o sonho está se tornando real. Nós estamos extremamente felizes”, frisou.
Máquina é utilizada para preparação do solo para receber a camada asfáltica
O serviço de pavimentação das 28 ruas da Vila Piçarreira é proveniente de uma emenda de 2 milhões de reais, destinada pelo deputado federal Kleber Verde (Republicanos). Conforme o parlamentar, são R$ 2 milhões que vêm com objetivo de ajudar a comunidade. “São ações como essas que melhoram a vida das pessoas. Nunca foi tão importante investir em infraestrutura”, relatou.
Placa indica a execução do serviço de infraestrutura em 28 ruas do bairro Piçarreira
De acordo com o prefeito Dr. Julinho, em um ano e cinco meses de gestão, a prefeitura já atua em várias áreas de São José de Ribamar. “Neste período, já realizamos serviços de drenagem profunda, terraplanagem, asfalto, reforma de escolas e unidades de saúde. Aqui na Vila Piçarreira, vamos pavimentar todas as ruas e depois do São João vamos iniciar a revitalização do Viva.
MDB, de Roseana e José Sarney, e o PV, de Adriano Sarney, caminham para apoiar o vice de Dino ao governo do estado na eleição de outubro
Flávio Dino e Roseana Sarney devem dividir o mesmo palanque na campanha eleitoral deste ano
Rivais nas eleições do Maranhão de 2014 e 2018, o ex-governador Flávio Dino (PSB) e a família Sarney devem subir no mesmo palanque em 2022. Como mostra reportagem de VEJAdesta semana, o MDB do ex-presidente José Sarney e da ex-governadora Roseana Sarney e o PV, presidido localmente pelo deputado estadual Adriano Sarney, neto do patriarca e único membro da família com mandato eletivo, caminham para apoiar Carlos Brandão (PSB), ex-vice de Dino que atualmente ocupa o Palácio dos Leões. O ex-governador, que consolidou a decadência do clã no estado, ocupará a vaga ao Senado na chapa e a vice deve ser indicada pelo PT.
Além das raízes políticas de Brandão, que remetem ao “sarneysismo, e do apoio em comum ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), são distintas as razões práticas que aproximam os Sarney de alianças com o candidato de Flávio Dino. No caso de Roseana, ela encarna o plano da família de voltar ao jogo político de Brasília, mais precisamente ao Congresso. Sem cargo político desde que concluiu o quarto mandato no governo do Maranhão, em 2014, e derrotada por Dino em 2018, a ex-governadora preside o MDB estadual e liderava as pesquisas para o governo em 2022, mas decidiu disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.
A decisão foi tomada sob a estratégia do partido de aumentar a bancada na Casa. Suas chances de sucesso são tão grandes na modesta empreitada que aliados esperam dela a maior votação no estado, a ponto de ajudar a eleger de três a quatro deputados federais da sigla com seus votos. Segundo políticos próximos à ex-governadora, o anúncio oficial do apoio a Carlos Brandão está por detalhes. “Estamos com 90% nesse encaminhamento, praticamente fechados”, diz o vice-presidente do MDB no estado, deputado estadual Roberto Costa.
No caso do MDB, ainda colaboraram à aproximação os acenos de Flávio Dino ao partido e ao ex-presidente. Em outubro, Dino buscou apoio de Sarney para ser eleito à cadeira da Academia Maranhense de Letras deixada por seu pai, Sálvio Dino, morto de Covid-19 em 2020. Outros gestos reconhecidos de parte a parte foram a exposição do governador nos canais de comunicação do Grupo Mirante, de Sarney, durante a pandemia, e o apoio aberto de Flávio Dino ao deputado Baleia Rossi, presidente do MDB, na disputa pela Presidência da Câmara em 2021.
Flerte com o Bolsonarismo e recuo
Embora tenha flertado com o bolsonarismo no início do governo, o deputado Adriano Sarney preside no estado o PV, integrante da federação nacional com PT e PCdoB que fechou aliança com o PSB na eleição presidencial. Brandão será o palanque do ex-presidente Lula no Maranhão. Filho do ex-ministro do Meio Ambiente José Sarney Filho, o Zequinha, Adriano buscará a reeleição neste ano e já se queixou publicamente de Dino por excluir aliados das articulações pró-Lula. “Vivemos um novo tempo, de não-agressão, essas questões políticas já acabaram e as pessoas podem conviver nessa nova era, de trabalharmos juntos pelo Maranhão”, diz Adriano, que virou notícia em 2019 ao pedir que se retirasse o sobrenome famoso de sua alcunha política.
O PV não integrava a base aliada de Flávio Dino, mas se juntou a Carlos Brandão quando ele assumiu o cargo. Embora o apoio a Brandão esteja encaminhado e tanto PT quanto PSB estejam confortáveis com Senado e vice, Adriano faz questão de ressaltar que a federação ainda não decidiu formalmente sua posição sobre estes cargos majoritários. Além disso, o PT maranhense, que tem como nome à vice o ex-secretário Felipe Camarão, se vê dividido entre Brandão, apoiado pela direção estadual, e alas que defendem o senador Weverton Rocha (PDT), voz do anti-sarneísmo na campanha.
Alianças insólitas
A aproximação dos Sarney com o candidato de Flávio Dino e a divisão no PT entre Carlos Brandão e Weverton Rocha estão entre os ingredientes do verdadeiro sururu maranhense no cenário eleitoral do estado. A escolha de Flávio Dino pela candidatura de Brandão rachou de vez a heterogênea base aliada do ex-governador e já vinha em crise desde a eleição municipal de 2020, quando houve teve três candidatos governistas à Prefeitura de São Luís. Apesar do cisma, a esquerda tem liderado as pesquisas de intenção de voto ao governo, com Brandão e Rocha à frente, mas Dino não tem sido poupado por se aproximar de antigos rivais. “A escolha pessoal de Flávio Dino, infelizmente, não teve nada a ver com a história do nosso grupo político”, disparou Weverton Rocha em uma de suas críticas.
Preterido na escolha do ex-governador, o candidato do PDT espera abrir seu palanque tanto ao presidenciável de seu partido, Ciro Gomes, quanto a Lula, a quem faz muita questão de se atrelar. Por outro lado, Rocha vai apoiar a reeleição do senador bolsonarista Roberto Rocha (PTB) e tem tratativas com o igualmente bolsonarista Josimar de Maranhãozinho (PL) para que ele abra mão de sua pré-candidatura e lhe declare apoio. A disputa ainda tem o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda (PSD) e o “bolsonarista raiz” Lahesio Bonfim (PSC).
Deputado Zé Inácio e Wellington Dias manifestaram confiança no êxito do projeto político do PT
O deputado estadual Zé Inácio (PT) se reuniu com o ex-governador do Piauí Wellington Dias, seu companheiro de partido e expressiva liderança política do Brasil.u
Na oportunidade, o parlamentar e o ex-governante piauiense debateram a atual conjuntura política, sobretudo no que diz respeito ao fortalecimento da pré-campanha de Lula à Presidência da República.
Zé Inácio reafirmou seu entusiasmo e otimismo quanto ao êxito do projeto político do PT em 2022. “Seguimos na luta!”, assinalou.
O homenageado e familiares com o vereador Marlon Botão, autor da proposição, e o líder político Marlon Botão, ex-sercretário de Cultura de São Luís
Durante sessão solene realizada na manhã desta sexta-feira (20), a Câmara de São Luís concedeu o Título de Cidadão Ludovicense a Fauzi Beydoun, vocalista da banda Tribo de Jah e um dos maiores ícones do reggae no Maranhão. A homenagem foi proposta pelo vereador Marlon Botão (PSB), como reconhecimento pela profunda relação que o cantor construiu com a “capital brasileira do reggae”.
Em seu discurso, Marlon Botão ressaltou a estreita relação entre São Luís e o reggae e a importância de artistas como Fauzi para o fortalecimento da identidade cultural da cidade. “Fico muito feliz de ver que esse artista contribui tanto para a nossa cultura, levando essa conexão cultural para outros lugares do país. Esse título é um reconhecimento da importância de Fauzi Beydoun para a história do reggae em São Luís, uma cidade que o abraça e o acolhe”, afirmou.
Após a concessão do título, Fauzi Beydoun se emocionou ao discursar sobre a honra em ser homenageado pela Câmara de São Luís e destacou que a capital maranhense se tornou palco das maiores conquistas de sua vida.
Em seu discurso na tribuna, Fauzi Beydoun frisou a importância do do aumento do investimento público para que o reggae continue sendo difundido e fortalecido na capital maranhense
“São Luís é meu lar, meu refúgio, minha identidade. Cheguei no Maranhão em 1984, um forasteiro, não tinha família, nem ninguém. Toda a minha vida foi construída aqui, minha gratidão é enorme, especialmente à comunidade do reggae, que tanto me abraçou. Por onde eu andei, durante todos esses anos, fui abraçado e recebido com muito carinho pelas pessoas, especialmente as mais humildes, nos bairros mais precários e carentes. Por isso, me sinto honrado em receber o título de cidadão dessa cidade que tanto me deu”, disse.
Ainda em seu discurso, Fauzi Beydoun também frisou a importância de que o Poder Público aumente os investimentos para que o reggae continue sendo difundido e fortalecido na capital maranhense.
A cerimônia se encerrou com uma breve apresentação do artista, cantando reggaes de celebração de São Luís, com a participação de dançarinos, que mostraram aos presentes um pouco da forma maranhense de dançar o reggae.
História de vida
Filho de pai libanês, Fauzi Beydoun nasceu no interior de São Paulo, mas foi em São Luís que construiu a carreira como “regueiro guerreiro”, onde também atua como radialista e colecionador de reggae.
O vereador Marlon Botão ressaltou a estreita relação entre São Luís e o reggae e a importância de artistas como Fauzi para o fortalecimento da identidade cultural da cidade
Fauzi é o vocalista, guitarrista e principal compositor do grupo Tribo de Jah, um dos grupos-base do Reggae Brasileiro e Maranhense. Poliglota, o artista fala fluentemente espanhol, francês e inglês, e suas canções são compostas nesses três idiomas, além do português. Com a Tribo de Jah, já se apresentou em shows e festivais no Brasil e no mundo, levando a cultura maranhense e o reggae de raiz.
Viatura da Polícia Militar aborda coletivo em.operação de fiscalização contra roubos ao transporte público
A recente onda de assaltos a ônibus que vem assustando a Grande Ilha nas últimas semanas, com saldo trágico de dois passageiros mortos e um motorista esfaqueado, mobilizou o Governo do Estado, a Prefeitura de São Luís e as entidades que representam empresas e trabalhadores do sistema de transporte público em uma espécie de força-tarefa para enfrentar o grave problema. Em reuniões com o poder público e em assembleias internas, os sindicatos patronal (SET) e dos rodoviários (STTREMA) já definiram as primeiras estratégias para tentar erradicar um mal que há décadas compromete a operação segura do serviço.
Para reprimir os ataques diários a coletivos e a violência crescente dos crimes, estão sendo realizadas abordagens policiais nos trechos de maior incidência de roubos, em terminais de integração, além da adoção de medidas de caráter velado, a fim de prevenir a ocorrência dos assaltos.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) reuniu sua diretoria semana passada para discutir a violência contra o sistema. Antes mesmo de anunciar o que será feito no âmbito das empresas para frear o ímpeto da bandidagem, a entidade informou que discutiria a situação com o Comando do Policiamento Metropolitano, demanda já atendida e que já deu os primeiros resultados.
Contingente de guardas municipais foi reforçado nos cinco terminais de integração de São Luís
As medidas definidas em conjunto com as forças de segurança pública e que já estão sendo colocadas em prática são as seguintes: intensificação da fiscalização em toda a Grande Ilha, na BR-135 e nos terminais de integração da capital, trabalho conjunto que envolve as policias Militar e Civil, além da Guarda Municipal de São Luís.
Foi confirmada, ainda, a retomada das ronda do Batalhão Tiradentes em diferentes pontos da capital, com abordando aos coletivos, de modo a garantir maior segurança aos usuários e aos rodoviários. No que se refere às últimas ocorrências, foi informado que todos os criminosos envolvidos foram identificados e presos.
Terminais de integração
O reforço da segurança nos terminais de integração da Praia Grande, Cohama, Cohab/Cohatrac, São Cristóvão e Distrito Industrial começou na última sexta-feira (20). Em horários determinados, os guardas municipais param os ônibus, pedem que os passageiros desçam e permitam a revista pessoal, que acontece dentro dos parâmetros legais e em nome da segurança coletiva. Dessa forma, o usuário do transporte público ficará mais confiante em embarcar nos coletivos para seguir viagem.
Medidas de enfrentamento aos assaltos a ônibus foram definidas em reunião do SET e Sindicato dos Rodoviários com a Guarda Municipal e a cúpula do sistema de segurança pública
As abordagens são realizadas diariamente, de domingo a domingo, com prevalência nas linhas que levam aos bairros mais distantes da região central, como os da zona rural.
Ciente de que a segurança é fator primordial para a estabilidade do sistema de transporte público, o SET, com apoio providencial do Sindicato dos Rodoviários, cobrou das autoridades ação efetiva para proteger os cerca de 700 mil usuários do serviço e os milhares de trabalhadores que atuam na operação das linhas, cuja integridade tem sido ameaçada permanentemente por bandidos, estimulados a agir pela deficiência do policiamento e pela sensação de impunidade.
A Fribal está presente no Estado do Ceará através de parcerias estratégicas com redes varejistas cearenses
Com o conceito de qualidade integrada “do pasto ao prato, a Fribal é uma marca que preza pela excelência em todo o seu processo – que reúne pecuária, frigorífico, distribuição e varejo – e não por acaso, o resultado final são carnes da mais alta qualidade e com muito sabor; comercializadas nacional e internacionalmente.
Além de ser líder no mercado maranhense; no Estado do Ceará, a Fribal tem presença marcante em mais de 120 lojas. Através do exclusivo modelo de parceria com as principais redes de supermercados do Estado, a Fribal responde por todo o setor de carnes nas principais lojas varejistas cearenses; além de grande participação nas vendas de atacado e food service.
Com o modelo denominado “shop in shop” (loja dentro de outra loja), a FRIBAL reproduz nas lojas parceiras seu conceito de boutique de carne; oferecendo atendimento diferenciado, produtos de qualidade, o obedecendo todas as normas de higiene e segurança alimentar. Funcionários muito bem treinados, verdadeiros “especialistas em carnes”, garantem aos clientes um atendimento diferenciado, aptos a atender cada desejo ou necessidade do consumidor final e dos compradores institucionais.
A partir de seus dois frigoríficos do Maranhão e dos Centros de Distribuição de Fortaleza (CE) e de São Luís (MA), a frota própria da FRIBAL garante a eficiência e a qualidade do abastecimento das lojas do grupo.
“Para o Grupo Fribal é uma satisfação a conquista destes novos espaços em um mercado exigente como é o cearense. Nossa expansão no Ceará é fruto de parcerias estratégicas com os melhores varejistas cearenses, que se identificaram com o nosso modelo de operação, que preza pela excelência tanto em produtos, quanto no atendimento ao consumidor final” declarou o Presidente do Grupo Fribal, Carlos Francisco Oliveira.
E a marca Fribal não para de crescer no Ceará. De março a maio deste ano mais seis lojas do modelo “shop in shop” foram inauguradas nos estabelecimentos parceiros: Medeiros Supermercados no bairro de Siqueira; Cometa Supermercados, na Marapoga; Supermercado Guará com lojas na Av. Santos Dumont e outra no Shopping Iguatemi; Cometa Supermercados no bairro de Jacarecanga; além do Supermercados Compre Certo na cidade cearense de Maranguape.
Serviço de transporte por ferry-boats passa por grave crise no Maranhão depois de mais de 50 anos da sua criação
Em 1969, o então governador José Sarney, através da Lei 3009/69, criou o serviço de ferry-boat para fazer o transporte aquaviário de cargas e passageiros entre os portos do Itaqui e Itaúna, próximo a Alcântara. Em seguida, com o devido aval da Assembleia Legislativa, abriu um financiamento junto à SUNAMAM – Superintendência Nacional da Marinha Mercante, para construção de 02 ferrys: o Baia de São Marcos e o Baia de São José, pelo estaleiro EBIN, na cidade de Niterói/RJ. Em 1971, o então governador Pedro Neiva de Santana assinou um convênio entre o Departamento de Estradas e Rodagem do Maranhão – DER-MA e a Companhia de Navegação do Norte- CONAN, ficando estabelecido um prazo de 16 anos para que a CONAN operasse o serviço de ferry-boat. Os signatários assumiram os seguintes direitos e deveres: a CONAN obrigava-se a realizar viagens regulares; o DER-MA faria a definição prévia das tarifas de passageiros, cargas e veículos; o Governo do Estado, através do DER MA, garantiria a subvenção à CONAN, em caso de prejuízo operacional, e também garantiria a manutenção dos terminais de embarque/desembarque.
Em seguida, os dois ferrys entraram em operação, com seus potentes 04 motores propulsores acoplados a rabetas com giro de 360º, com navegação lateral, boa estabilidade, mas, infelizmente, impróprios para utilizarem as rampas fixas existentes nos terminais.
No início dos anos 80, os ferrys sofreram deterioração, motivada pelo sistema de rampas fixas existente nos terminais e deixaram de prestar um serviço de qualidade, sendo, portanto, retirados de operação pela Capitania dos Portos do Maranhão.
Em 1986, o então presidente da República, José Sarney, determinou ao seu ministro dos Transportes, José Reinaldo Tavares, que a concessão dos ferrys fosse transferida pelo DER-MA para a Companhia Docas do Maranhão (CODOMAR), que recebeu as duas embarcações deterioradas e garantiu suas reformas emergenciais. Ato contínuo, foi aberto processo administrativo de compra, pela PORTOBRAS, junto à Companhia de Navegação Baiana, dos ferrys Mont Serrat (mais tarde denominado Alcântara) e Vera Cruz (mais tarde denominado Pinheiro). A CODOMAR também iniciou a construção do Terminal de Passageiros com cais flutuante na Ponta da Espera e outro em Cujupe, região litorânea de Alcântara e, depois disso, solicitou a transferência dos referidos terminais, que pertenciam à União, para o Estado. Feito isso, iniciou-se o processo de terceirização de mão-de-obra dos serviços de ferrys com a contratação da Companhia de Navegação Pericumã.
Em 1993, o então governador Edison Lobão, através de Lei, concedeu a isenção de ICMS para o serviço de transporte por ferry-boat, vigorando até maio de 1997. Em 1995, a CODOMAR iniciou uma operação conjunta com a empresa SERVIPORTO, que disponibilizou seu ferry Itaúna e depois construindo outros, dessa vez apropriados para o uso de rampas fixas, denominados Cidade de Alcântara (1996), Cidade de Pinheiro (1997) e Cidade de Cururupu (1999). A partir daí, a SERVIPORTO, em parceria com a INTERNACIONAL MARITIMA LTDA, construíu um sistema de rampa fixa no Terminal da Ponta da Espera, o que aumentou o número de viagens de São Luís para a Baixada .
Entre 2007 e 2011, a empresa SERVIPORTO contratou, junto ao estaleiro BELCONAV S/A, localizado em Belém- PA, a construção do ferry “Alcântara”, com capacidade média para 350 passageiros e 35 carros de passeio. Contratou também o “Cidade de Pinheiro”, com capacidade média para 900 passageiros e 50 carros de passeio, além do “Cidade de Cururupu”, para 348 passageiros e 35 carros de passeio. A outra empresa, INTERNACIONAL MARÍTIMA, em 2006, colocou em operação o ferry “Baía de São Marcos”, uma embarcação de 65 metros de comprimento, com capacidade para transportar 280 passageiros e 110 carros.
Desde 2015, já no governo de Flavio Dino, os serviços de fiscalização e regulamentação do transporte por ferry-boats foram transferidos para a MOB. De lá para cá, o serviço foi perdendo qualidade e, na ausência de um contrato de concessão, haja vista o sistema operar apenas com autorizações de caráter precário, os equipamentos marítimos foram se depreciando e a frequência das viagens, diminuindo. Em 2021, ainda no segundo governo de Flavio Dino, foi realizada uma licitação pública, cuja empresa vencedora sequer possuía ativos de navegação marítima. Essa contratação fracassada, aliada a uma inédita intervenção do Estado na empresa SERVIPORTO, acabou provocando prejuízos incalculáveis ao sistema de transporte aquaviário no estado do Maranhão.
Recentemente, no dia 20 de maio de 2022, já na gestão de Carlos Brandão, o Governo do Estado anunciou um distrato com a empresa paraense CELTE NAVEGAÇÃO, ganhadora da licitação duvidosa, alegando os motivos já conhecidos por toda a sociedade maranhense: a total incapacidade da empresa vencedora de atender o escopo dos serviços licitados pela Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB).
Diante do caos administrativo protagonizado pela MOB, o senador Roberto Rocha, ácido crítico do atual governo comunista, resolveu politizar a questão e agora defende com unhas e dentes uma intervenção federal no serviço de ferry boat e em seus terminais.
Resta, por fim, lembrar que os terminais de Cujupe e Ponta da Espera pertencem efetivamente ao Porto do Itaqui, que é operado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), por concessão da União, ou seja, se a União quiser, ela pode fazer um distrato parcial e retomar os referidos terminais a qualquer momento.
Apesar de tantas glórias passadas promovidas pelo ex-governador José Sarney, o atual serviço de ferry-boats no estado do Maranhão, agora, nos remete a uma história de triste fim. A nossa esperança reside na capacidade administrativa do governador Carlos Brandão de resolver essa absurda crise criada e alimentada pela má gestão da MOB.
*Ex-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Maranhão (ARSEP) e ex-secretário adjunto de Transporte do Estado do Maranhão
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