Depois de sucessivos atos de rua, como passeatas e panfletagens, assembleias gerais, audiências e outras formas de mobilização, professores grevistas da rede municipal de ensino de São Luís recorreram à irreverência para reivindicar o reajuste salarial e outros direitos pleiteados pela categoria. Parodiando um funk bastante popular em todas as mídias atualmente, um grupo de educadoras adaptou o refrão da música, com direito a coreografia, para reforçar o apelo por melhorias ao prefeito Eduardo Braide (sem partido).
Diante do Palácio Lá Ravardiére, sede da Prefeitura de São Luís, 11 professoras reproduziram a dancinha que nas últimas semanas viralizou nas redes sociais, enquanto cantavam um arremedo do verso original: “Desenrola, Braide, e paga direitinho” foi o trecho entoado em coro, para delírio das dezenas de colegas que se concentravam no local. A performance tem tudo para virar meme, pelo menos entre os mais de 6 mil educadores que integram a rede, entre efetivos e contratados, além dos aposentados, que representam um contingente expressivo e também têm interesse na questão salarial em negociação.
Em greve há exatos 18 dias, os profissionais do magistério municipal da capital reivindicam reajuste salarial de 33,24% – correspondente ao piso nacional do magistério – e 36,56% para os educadores com nível superior. A prefeitura, por sua vez, apresentou contraproposta de 10,06% de reposição dos vencimentos da categoria, que foi rejeitado por unanimidade.
Desconto nos contracheques
O impasse, portanto, está longe do fim, apesar da autorização da Justiça para que a administração municipal corte o ponto dos educadores e aplique os descontos dos dias não trabalhados por causa da paralisação.
Em tempo: nesta sexta-feira (6), às 16h30, na Praça Maria Aragão, a categoria se reúne em nova assembleia geral para apreciar a proposta de reajuste salarial de 14,57% apresentada pelo Ministério Público do Maranhão após estudo preliminar, com base em dados orçamentários fornecidos pela prefeitura.
Confira a paródia e a coreografia dos professores grevistas: