Em assembleia geral realizada no último dia 2, professores da rede municipal acusaram o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, de operar maldade contra a categoria. Os educadores lamentaram a tentativa do gestor de tentar colocar a opinião pública contra a classe, que decretou estado de greve e está em vias de deflagrar uma paralisação geral logo no início no primeiro ano letivo após as restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
Durante a assembleia, muitos professores ainda apontaram a postura ardilosa de Braide de induzir a população a acreditar que os docentes são os vilões no conflito com a prefeitura, quando, na verdade, estão apenas reivindicando os seus direitos, como o pagamento do piso salarial nacional aos profissionais da educação.
Os professores citaram como exemplo de tal artimanha os anúncios feitos por Braide nos meios de comunicação e em suas redes sociais sobre o acordo firmado em razão dos Precatórios do Fundef (uma causa ganha na Justiça) e dos pagamentos das progressões (já previstas em lei).
Coincidentemente, as declarações foram realizadas quando a categoria, representada pelo Sindeducação, está em tratativas na mesa de negociação discutindo o reajuste dos seus salários.
Na assembleia geral, que registrou comparecimento em peso da classe e lotou o auditório do Hotel Abbeville, os professores rejeitaram por unanimidade a proposta apresentada por Braide de reajustar em apenas 5% os vencimentos do do magistério municipal, com nível superior. Os educadores consideraram a proposta desrespeitosa e reafirmaram a disposição da categoria de defender a carreira e fazer greve por tempo indeterminado se o prefeito não apresentar uma proposta de valorização que repercuta em todas as carreiras do magistério.
Em tempos: os professores da rede municipal de ensino de São Luís reivindicam a atualização do piso e a repercussão em toda a tabela salarial do magistério, com 36,56% de reajuste para o nível superior.
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