Professores da rede municipal de ensino de São Luís aprovaram por unanimidade, em assembleia geral extraordinária realizada nesse sábado (2) indicativo de greve e podem deflagrar paralisação geral por tempo indeterminado nos próximos dias. Os educadores acusaram o prefeito Eduardo Braide de tratar a categoria com desrespeito, pois em vez de conceder o reajuste salarial de 35,56% a todos os professores, inclusive aos aposentados, de modo a equiparar os vencimentos ao piso nacional, de R$ 3.845,63, propôs uma reposição de apenas 5%.
Realizada no auditório do Hotel Abbeville, a assembleia geral extraordinária, convocada pelo Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), contou com a participação maciça da categoria. Depois de mais de quatro horas de discussões, com a apresentação formal da proposta às centenas de professores presentes, a deliberação foi de recusa do percentual, classificado como imoral.
“Os professores da rede municipal decidiram não mais aceitar mais tamanho desrespeito vindo do prefeito Eduardo Braide. Não haverá achatamento dos vencimentos. Não haverá desvalorização da carreira do magistério”, registrou o Sindeducação após a assembleia geral.
O próximo passo, segundo a entidade, será sensibilizar a sociedade e obter o apoio da comunidade escolar à causa dos professores, a fim de fortalecer a mobilização, de forma responsável e dentro da legalidade.
Definição
O sindicato marcou para o próximo dia 2 a assembleia geral para decidir sobre a deflagração ou não da greve geral por tempo indeterminado, conforme edital de convocação publicado na imprensa.