Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão dessa quarta-feira (23), o deputado estadual Neto Evangelista (DEM) defendeu que a Prefeitura de São Luís e o Governo do Estado repassem um subsídio financeiro ao sistema de transporte público, impactado por grave crise em suas receitas, que pode levar a uma nova paralisação geral do serviço a partir do próximo dia 29.
À beira de um colapso, as empresas não dispõe de caixa suficiente para conceder reajuste salarial aos rodoviários no percentual pleiteado pelos trabalhadores, muito menos para atender os demais itens da pauta de reivindicações da categoria.
Neto Evangelista afirmou no Plenário, com repercussão nos canais de comunicação do Poder Legislativo estadual, que subsidiar o transporte público é obrigação da Prefeitura de São Luís e do Governo do Estado.
O parlamentar condenou o aumento da passagem e a demissão de cobradores em meio a uma pandemia e à crise econômica, discordando de que seja essa a saída.
Sobre o reajuste tarifário, de apenas R$ 0,20 (vinte centavos), as concessionárias lamentam que só tenha agravado com o problema, já que ao tomar a medida, o prefeito Eduardo Braide (Podemos) retirou o subsídio de R$ 2,5 milhões que era pago mensalmente às empresas, reduzindo ainda mais a margem de lucro.
Menos pressão e otimização
Quanto ao desligamento de cobradores, trata-se da readequação do modelo de transporte público local ao que já é praticado há anos em grande parte das capitais. Tal configuração é adotada como forma de reduzir a pressão sobre as receitas do sistema, a fim de reequlibrá-lo e otimizar as operações.
“A população não pode pagar o preço de desentendimentos pessoais”, pronunciou-se Neto Evangelista, em referência ao impasse que marcas negociações entre rodoviários, empresas de transporte público, administração municipal e governo estadual.
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