Apesar da presença audaciosa e dos métodos cruéis praticados, repressão policial à organização não é efetiva
A facção criminosa Bonde dos 40, que atua há mais de uma década em São Luís e aumenta a cada dia o seu número de adeptos, sobretudo na periferia, expande sua atuação de forma assustadora para outras regiões do Maranhão. A organização já mantém, inclusive, um núcleo em Barreirinhas, portal dos Lençóis Maranhenses, onde age com extrema crueldade contra quem comete práticas que venham atrapalhar suas atividades, principalmente o tráfico de drogas.
Em vários bairros de Barreirinhas, é possível se deparar com pichações em muros, paredes marquises que indicam a presença da facção. Mas o B.40, sigla que identifica a organização, não se limita a demarcar território. Nos lugares que domina, o grupo deixa claro que é impiedoso com quem desrespeitar suas regras. As penalidades vão de tiros nas mãos, pernas e pés, mutilações e, em casos extremos, ocorre a execução do “infrator”, muitas vezes após uma longa sessão de tortura.
Assaltantes e outros bandidos do tipo não são bem vindos. O recado para eles é curto e grosso: “É proibido roubar na quebrada. Quem roubar vai morrer”. Essas frases podem ser lidas em centenas de muros e paredes de Barreirinhas e servem de alerta aos ladrões, cuja ação afugenta o público, inibindo o movimento do tráfico. Traidores e mal pagadores também recebem tratamento implacável. Ao impor as penas, o B.40 prova que a vida é apenas um detalhe diante da sua ânsia de faturar e ampliar seu poderio.
Ou silencia ou vai embora
O silêncio impera entre a população nas áreas dominadas pelo B.40. Cidadãos que vivem do seu trabalho, sem qualquer envolvimento com o crime, são obrigados a conviver com faccionados dos mais variados graus de periculosidade e posições hierárquica no organograma do grupo. Para os que não admitem dividir espaço com o bonde, vale aquele antigo ditado: “os incomodados que se mudem”. Em em caso de afronta, as consequências podem ser trágicas, sem poupar nem mesmo os inocentes.
Quanto a necessária repressão policial ao bando, não se tem notícia de que seja algo frequente e eficaz. A aparente vista grossa das forças de segurança pública pode ter uma explicação: a atuação do B.40 em Barreirinhas em nada afeta o turismo, principal motor da economia local, que gera milhões de reais em receita para a cidade, sustenta parcela significativa da população e enriquece um número crescente de empreendedores.
Salvo alguma investida da facção que venha prejudicar a bem-sucedida atividade turística nos Lençóis, a tendência é que a facção mantenha o caminho livre para operar suas ações na região, obtendo, inclusive, benefícios com a rentabilidade do sistema, que se pulveriza em vários nichos.
Caro colega!o terror é real.Conheço uma pessoa que foi vítima de um que está colocando o terror no Novo Horizonte em Paço do Lumiar,migrou de Barreirinhas já faz um tempo.Com apoio da filha para impor sua lei de silenciar aqueles que não participa do grupo criminoso.José Melquíades Lima Reis vulgo Melque e Francilene Garcês.Processo 0000508-48.2012.8.10.0073