Dois procuradores do trabalho vieram diretamente de Brasília a São Luís, na condição de observadores, em meio ao impasse que marca a negociação salarial entre rodoviários e empresários do transporte público, que semana passada resultou em uma greve que se estendeu por quatro dias consecutivos Os dois emissários participaram, nesta quinta-feira (24), de uma audiência na sede do Ministério Público do Trabalho, no Calhau, entre as partes envolvidas, ocasião em que houve importantes avanços, que podem levar à tão esperada solução do conflito.
Três procuradores do trabalho participam das negociações: Marcos Rosa, Ronaldo Lima dos Santos e Jefferson Luiz Maciel Rodrigues, respectivamente, presidente da mediação, coordenador nacional e vice-coordenador nacional de Promoção de Liberdade Sindical (Conalis) do MPT. Os dois últimos vieram de Brasília (DF) para acompanhar o caso.
Avanço
Terminada a audiência, o procurador Marcos Rose informou que o diálogo foi ampliado e que a Prefeitura de São Luís levou propostas com a intenção de resolver a questão. Ainda segundo o membro do MPT-MA, representantes do Município e dos empresários do transporte sentarão à mesa em busca de acordo, que deve vir na forma de um subsídio financeiro para o sistema e outras medidas que desonerem os custos de operação do servo. “Acho que nós pontuamos muito mais hoje, fixamos os pontos mais controvertidos e a tendência é que amanhã (sexta-feira, 25) fechemos um acordo. Não é uma promessa, mas é uma esperança”, assinalou.
A audiência de hoje estava agendada anteriormente para a tarde de quarta-feira (23). A data da mediação foi alterada a pedido da Procuradoria do Município de São Luís, que justificou precisar de mais tempo para conclusão de estudos técnicos.
Na última terça-feira (22), depois de cinco horas de audiência no MPT-MA, não houve acordo na segunda audiência. A primeira mediação ocorreu no dia 10 de fevereiro, também sem acordo entre as partes. Além do MPT e dos sindicatos patronal e obreiro, participam das negociações representantes do Município de São Luís e do Governo do Estado do Maranhão.
Com a mediação, o MPT-MA busca a solução do caso de forma extrajudicial, fomentando o diálogo entre as partes para a possível celebração de um acordo. Em pauta, as cláusulas sociais e econômicas da convenção coletiva de trabalho.
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