A crise no sistema de transporte coletivo de São Luís (MA) continua. Sem condições de arcar com um prejuízo mensal de aproximadamente sete milhões (R$ 7.000.000,00) e nenhum retorno da Prefeitura, até o momento, quanto ao reajuste da tarifa ou um subsídio para cobrir o déficit do sistema, empresas de transporte de passageiros temem pelo caos que pode ser gerado, caso haja uma nova paralisação.
“A nossa expectativa é que o poder público tenha uma solução para esse impasse, que diz respeito ao futuro do transporte público da capital, já tão desgastado e a ponto de um colapso”, declarou o diretor executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís – SET, Paulo Renato Pereira Pires.
O Sindicato dos Rodoviários (STTREMA) reivindica, entre outros pontos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), 15% de aumento salarial e o retorno de cobradores demitidos a partir de 2017, quando foi acordado à época, em reunião da CCT e um função da automatização dos coletivos, o desligamento progressivo dos mesmos.
“Não temos nenhuma condição de atender às demandas dos Rodoviários, frente a uma crise tão acirrada pela qual passam as empresas de transporte em todo o Brasil”, frisou Paulo Renato, que apresentou uma contraproposta de 5% de aumento no salário e no valor do ticket alimentação, mas condicionada à demissão dos cobradores que ainda trabalham em algumas linhas de ônibus de São Luís.
A audiência na manhã desta quinta-feira, 10 de fevereiro, foi mediada pelo procurador do trabalho Marcos Antônio de Souza Rosa e contou com a presença, além das principais partes envolvidas (SET e Rodoviários), de representantes do município, por meio da Secretaria de Trânsito e Transporte de São Luís (SMTT), e da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB).