Pelo menos dois secretários do governo Flávio Dino (PSB) foram às redes sociais condenar o desfecho do caso Lázaro. O homicida, sequestrador, estuprador e foragido da Justiça foi morto na manhã dessa segunda-feira (28) em troca de tiros no interior do estado de Goiás.
Um dos que questionou os métodos da operação que eliminou o bandido foi o secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, Chico Gonçalves, que lamentou a comemoração do fim trágico do criminoso, como se no Brasil houvesse pena de morte. Em meio a sucessivos comentários favoráveis ao seu posicionamento, Chico recebeu de um internauta a sugestão de levar Lázaro para sua casa.
Outro que repudiou a morte de Lázaro durante o cerco policial foi o advogado Antônio Nunes, presidente da Maranhão Parcerias, empresa pública criada por Flávio Dino para acomodá-lo, após passagens pelo Detran e pela Secretaria de Estado de Governo (Segov). Para Nunes, a execução do bandido, mesmo que ele tenha reagido à voz de prisão, demonstrou o insucesso da operação. De todos os comentários que se seguiram à postagem, só um expressou contraponto. Chamando Nunes de professor, um internauta contra-argumentou afirmando que agora “todos sabem que Lázaro está preso de verdade”.
CPF cancelado e vidas poupadas
Diferente do pensamento dos dois auxiliares palacianos, a delegada Viviane Fontenelle, da Polícia Civil do Maranhão, disse que, apesar de nunca ter comemorado a morte de ninguém, lacrimejou e se arrepiou toda com a imagem de Lázaro sendo jogado na ambulância e os policiais comemorando. “Imaginei quantas vidas serão poupadas com o cancelamento do CPF desse monstro”, escreveu.
Detalhe: a postagem da delegada teve quase três vezes mais comentários do que as opiniões dos dois secretários, e todos foram favoráveis.