O deputado federal licenciado e secretário de Estado das Cidades, Márcio Jerry (PCdoB), ultrapassou todos os limites do cinismo ao postar em suas redes sociais que o governador Flávio Dino (PCdoB) deu uma “lição de civilidade” ao dialogar sobre a cepa indiana da Covid-19, identificada em seis tripulantes de um navio ancorado na costa do Maranhão, com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que nesse domingo (23) esteve em São Luís para avaliar de perto a situação e anunciar medidas para tentar conter a disseminação da variante.
A realidade que Márcio Jerry tenta em vão deturpar é que Flávio Dino foi obrigado a se render e buscar aproximação com Marcelo Queiroga após destratá-lo publicamete e ser desmascarado, expondo-se à desmoralização nacional. Desavenças à parte, seria inadmissível que fosse diferente, já que o motivo da presença do ministro da Saúde no estado foi a proteção de vidas em meio à grave ameaça à humanidade representada pela cepa indiana do novo coronavírus.
A propósito, ao embasar sua narrativa na tal “civilidade” do chefe e amigo íntimo, Márcio Jerry se trai, pois dá a entender que o governador se desarmou de toda a sua ideologia e animosidade políticas para conversar com o ministro. Lamentável tal pensamento, pois o contato entre os dois gestores deveria ser natural, por força dos cargos que ambos ocupam, que exigem extrema responsabilidade e desprendimento. Tratou-se, portanto, de uma relação institucional, em um momento de emergência de saúde pública, sem qualquer espaço para revanchismo, sobretudo aquele movido por interesses meramente eleitoreiros.
Menos mal que o comunista percebeu a tempo o erro trágico que cometeria se ignorasse o ministro. Antes tarde do que nunca.