O governador Flávio Dino (PCdoB) se deu mal o tentar fomentar uma polémica com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nas redes sociais. O comunista não só teve uma resposta à altura, a popular invertida, como foi desmascarado pelo auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em postagem no Twitter e demais mídias digitais, Dino mostrou-se contrariado com a informação dada pelo ministro, em entrevista coletiva, de que debateu sobre o Maranhão com os secretários municipais de Saúde de São Paulo e do Rio de Janeiro e com o prefeito de Guarulhos (SP), alegando que o seu governo foi excluído do diálogo.
O governador do PCdoB não deixou claro o assunto abordado pelo ministro com os gestores paulistas e carioca. Mas tudo indica que tenha sido a infecção de seis tripulantes do navio MV Shandong Da Zhi, ancorado na costa do Maranhão, pela cepa indiana do novo coronavírus.
Ao tomar ciência da manifestação pública de Flávio Dino, Marcelo Queiroga rebateu, revelando que conversou com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Lula, por telefone, e o convidou para a coletiva, mas este respondeu que não havia sido autorizado pelo governador a participar da coletiva.
Júlio Guterres não integra mais a direção da CTB no Maranhão por decisão da cúpula nacional da entidade
A Direção Nacional da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), conforme documento assinado pelo seu Secretário Geral, Wagner Gomes, resolveu suspender, no último dia 17 de maio, o mandato do Secretário Geral da CTB no Maranhão, o senhor Júlio Guterres, conhecido veterano das lides sindicais maranhense.
No passado, presidiu o sindicato dos metalúrgicos (Sindmetal), depois mudou de categoria e migrou para o Sindicato dos Professores da Rede Pública Estadual e Municipal (SINPROESEMMA), entidade onde chegou a exercer o cargo de tesoureiro por vários anos. Hoje, já não faz mais parte desse sindicato, pois sua formação como “professor” sempre foi questionada pela categoria.
Acontece que depois desses anos todos, parece que o camarada Júlio Guterres desaprendeu as lições do bom sindicalismo classista e resolveu acender uma vela para Deus e outra para o diabo para se garantir, pois ele era Secretário-geral da CTB/MA e, ao mesmo tempo, assessor especial do Governo do Estado do Maranhão, ou seja, acúmulo de cargos totalmente incompatível e antiético. Inclusive, a ocupação simultânea dos dois postos é vedada pelos estatutos da própria Central da qual ele faz parte, pois há, nesse caso, um gritante conflito de interesses, já que a CTB representa vários sindicatos do segmento dos trabalhadores do serviço público estadual e municipal.
Segundo o teor do documento acima citado, a Direção Nacional da CTB argumenta que “o Sr. JULIO CESAR REGO GUTERRES “não pode servir a dois senhores, ”representando, simultaneamente, o Governo do Estado e as entidades sindicais com as quais ele negocia.”
Para moralizar tal situação e dar um basta no “peleguismo oficial” instituído por Júlio Guterres na CTB/MA, a Direção Nacional, “com o objetivo de disciplinares situações como essas”, lançou mão do Artigo 29, inciso V, do seu estatuto, que veda a aceitação de cargos em governos por parte de seus dirigentes no exercício do mandato, suspendendo, assim, o senhor Júlio Guterres de suas funções de secretário=geral da CTB/MA.
Óbitos de pessoas mais jovens e que ainda não receberam imunização foram as únicas faixas etárias que registraram crescimento percentual superior a 80% no número de mortes no mês de abril em relação à média no período da pandemia
Faixa etária de 30 a 39 anos, composta em sua maioria por pessoas não vacinadas, está vulnerável à Covid-19
O aumento percentual de mais de 80% no número de óbitos por Covid-19 de pessoas mais jovens, na faixa etária entre 30 a 39 anos e, um pouco menor, na faixa dos 40 aos 49 anos, contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil do Maranhão no mês de abril, são claros em apontar que a vacinação em massa de sua população é o melhor caminho para a crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus.
Ainda aguardando o cronograma de vacinação para suas idades no estado, a população mais jovem viu crescer os números percentuais de óbitos no último mês, mesmo quando comparados a março deste ano, o segundo mês com maior número de mortes causadas pelo novo coronavírus no Maranhão, e também em relação à média de mortes de sua faixa etária desde o início da pandemia.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
No Maranhão, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média para a idade desde o início da pandemia foi a da população entre 30 e 39 anos, com crescimento percentual de 83% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021. Os números absolutos de falecimentos desta faixa etária também aumentaram em abril, passando de 34 em março para 46 no último mês, mesmo com a diminuição no total de mortes causadas pela doença em relação a março de 2021.
Na sequência, a faixa etária que vai dos 60 aos 69 anos registrou um aumento percentual de 41% do número de óbitos em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia. Em números absolutos em relação a março, houve uma queda, passando de 194 para 186. Outra faixa etária que registrou crescimento foi a de pessoas entre 50 e 59 anos, com os óbitos aumentando 37% em relação à média para a idade desde o começo da pandemia.
Ainda em crescimento, mas em patamares inferiores, a população entre 40 e 49 anos registrou aumento percentual de mortes de 36% em relação à média desta idade no período. Já em números absolutos esta população não registrou aumento, passando de 76 em março para 63 em abril. Nas demais faixas etárias, já vacinadas, o número de óbitos caiu em relação à média desde o início da pandemia, reduzindo 8% na faixa entre 70 e 79 anos, 53% entre 80 e 89 anos, e 50% na população entre 90 e 99 anos.
Ranking Estadual
Em nível nacional, o estado do Maranhão teve um crescimento de 83%, na faixa etária de 30 a 39 anos, ficando acima da média nacional, que registrou crescimento percentual de 56%. Na faixa etária de 40 a 49 anos, o estado teve um crescimento de 36%, enquanto na faixa de 50 a 59 anos houve aumento de 37%, ficando em ambos os casos abaixo da média nacional. Já o aumento percentual de 41% nos óbitos por Covid-19 entre população de 60 a 69 anos ficou acima da média nacional, que por sua vez teve crescimento de 22%.
Todos os Estados brasileiros registraram aumento de óbitos na faixa entre 40 e 49 anos na comparação com a média desta idade desde o início da pandemia e 15 deles estiveram acima da média nacional. À frente deste ranking está o Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 154%, seguido por Santa Catarina, aumento de 118%, Sergipe, crescimento de 101%, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, aumento de 94%. São Paulo e Rio de Janeiro, com 66%, e Distrito Federal, com 58%, também estiveram acima da média nacional.
Já na faixa etária entre 30 e 39 anos, 22 Estados registraram crescimento em abril em relação à média do período, sendo que 12 deles acima da média nacional. Os aumentos foram maiores nos Estados do Mato Grosso do Sul (103%), Goiás (97%), Rio Grande do Norte (94%), Mato Grosso (92%) e Distrito Federal (90%). A lista tem ainda Paraná (75%), São Paulo (73%), Minas Gerais (67%) e Rio de Janeiro (59%).
Na última faixa com crescimento nacional acima de 50%, entre 50 e 59 anos, novamente todos os Estados brasileiros registraram crescimento, sendo 16 deles acima da média nacional. Os maiores aumentos foram nos Estados do Rio Grande do Norte (152%), Pará (105%), Rio Grande do Sul (80%) e Acre (73%). O Paraná registrou aumento de 59%, Distrito Federal, de 58%, São Paulo, de 56%, e Rio de Janeiro de 54% nesta faixa etária.
Sobre a Arpen/MA
Fundada em fevereiro de 2014, a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Maranhão (Arpen/MA) representa os titulares cartórios de Registro Civil, que atendem a população nos municípios do Estado do Maranhão. É no Registro Civil que são realizados os principais atos da vida civil de uma pessoa, a exemplo do registro de nascimento, casamento, emancipação e óbito.
Comentários