Uma equipe da Superintendência Estadual de Vigilância Sanitária esteve, na manhã desta sexta-feira (16), no Condomínio Cidade de Londres, na Avenida Mário Andrezza, no Turu, onde uma empregada doméstica teria sido obrigada a continuar trabalhando mesmo tendo testado positivo.para Covid-19 e apresentado o resultado do exame aos patrões. A grave denúncia foi feita por vizinhos ao programa “Acorda Maranhão”, apresentado pelo jornalista e vereador de São Luís Marcial Lima na Rádio Mirante AM, que deu ampla repercussão ao caso.
Ainda não se sabe qual foi o desfecho da fiscalização feita pela Vigilância Sanitária, mas uma imagem da equipe chegando ao condomínio para fazer a averiguação foi encaminhada ao blog. Na imagem, captada pela câmera de um celular, é possível ver quatro fiscais no portão de entrada do prédio residencial aguardando permissão para adentrar.
O caso
Mesmo infectada, a funcionária cumpre a jornada integralmente, realizando suas tarefas no apartamento dos patrões, situado na Torre Sul, 5° andar, no Condomínio Cidade de Londres.
Como se não bastass, os patrões da doméstica são um médico e sua esposa, que deveriam ter a exata noção do perigo que o não afastamento da funcionária contratada. representanta para a própria enferma, para o casal e para toda a comunidade. Se tivessem respeitado os protocolos de saúde e sanitários, os patrões teriam concedido o atestado médico e orientado a ela que se isolasse.
Ainda de acordo com a denúncia, a empregada com Covid-19 se desloca diariamente de ônibus para o trabalho e expõe um número incalculável de pessoas aos perigo de contrair o novo coronavírus.
A denúncia foi repassada às autoridades da saúde de São Luís. Inclusive, um áudio de um morador do condomínio foi encaminhado ao programa “Acorda, Maranhão!”, reafirmando o caso, e hoje a Vigilância Sanitária estadual resolveu tomar providência.
Os moradores do Condomínio Residencial Cidade de Londresl estão ainda mais preocupados porque o caso vazou, pous a empregada.doméstica encaminhou o resultado do exame a grupos de WhatsApp, relatando que estava com COVID-19.
Pessoas que trabalham de serviços gerais, doméstica, pedreiros e outras profissões braçais geralmente não são vistas como pessoas, mas sim como máquina sem direito a adoecer, pois dificilmente um patrão a enxerga como ser humano que merece ser respeitado. Ano passado, uma mãe de aluno da escola onde trabalho testou positivo para a Covid, ela também trabalha num condomínio de serviços gerais por uma empresa que é responsável pela limpeza das áreas do condomínio, área de serviços, elevadores etc. Ela disse para a encarregada que não estava bem para fazer o serviço e havia o risco de contaminar outras pessoas, a encarregada disse para ela que ela deveria trabalhar mesmo assim, pois não podia liberá-la do trabalho. Eu pensei até em fazer uma denúncia, mas ela não me autorizou a fazê-lo, detalhe este condomínio tbm fica no Turu. Fica o alerta para os condôminos atentarem para a saúde de seus colaboradores e profissionais da limpeza porque tbm podem ficar impossibilitados de trabalhar seja pela Covid ou outra doença qualquer.