Representantes das classes patronal e dos trabalhadores se reunirão nesta quinta-feira (11) para tentar selar acordo

Representantes das empresas e consórcios do setor de transporte público de São Luís e da categoria dos rodoviários sentarão à mesa nesta quinta-feira (11) para negociar uma solução que evite a greve do serviço marcada para o próximo dia 15. A reunião está agendada para as 15h, na sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET), no bairro Apicum.

De um lado, o sindicato dos trabalhadores apresentará sua pauta de reivindicações, que tem como um dos itens prioritários a proposta de reajuste salarial. A entidade que defende os interesses de motoristas, cobradores e fiscais também alega que a classe está sofrendo dificuldades desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Por sua vez, o sindicato patronal aponta pelo menos três fatores que estariam pressionando o sistema e a boa qualidade da prestação do serviço. Um deles refere-se aos sucessivos aumentos do preço do óleo diesel, combustível que abastece a frota de ônibus que atende a capital e demais municípios da região metropolitana.

A ampliação de uma para duas horas do tempo para uso do Bilhete Único, medida adotada no apagar das luzes da gestão passada, também pressiona para baixo a receita das concessionárias. Com menos passagens pagas, as empresas e consórcios precisam de uma compensação para continuar operando de forma satisfatória.

A própria reposição salarial a ser concedida aos rodoviários, conforme prevê a convenção coletiva de trabalho que rege a relação entre patrões e empregados do transporte público, é mais um fator a impactar a saúde financeira do sistema, gerando ainda mais defasagem. Com a aproximação da data-base da categoria, em 1° de maio, a busca por uma solução negociada é algo primordial e urgente.

Diante do impasse e do risco de colapso do serviço de transporte de passageiros, a abertura de um canal de um diálogo é um importante passo rumo à conciliação de interesses.

No entanto, torna-se necessária a intervenção do poder público, que deve lançar mão de todos os mecanismos possíveis para afastar a ameaça de greve e manter o sistema em operação, dentro da normalidade.