Grupos que se autodenominam antifascistas, formados, em sua maioria, por jovens, saíram às ruas de São Luís, neste domingo (7), para protestar contra supostas ameaças à democracia brasileira. Vestidos de preto e empunhando faixas e cartazes com mensagens contra o Governo Federal, os manifestantes percorreram a cidade, sem dar a mínima para o mandato de intimação expedido pela Polícia Civil anunciando a proibição desse tipo de ato na capital maranhense.
Informações que circularam semana passada, seguidas de denúncias formais às autoridades de segurança pública, davam conta de que um grupo intitulado “Frente Antifascista SLZ” a articulava um protesto em São Luís, com ameaças de danos ao patrimônio público e privado.
Diante do risco iminente de atos semelhantes a terrorismo na capital, a Justiça resolveu agir. E coube à juíza substituta da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da capital, depois que o titular, Douglas de Melo Martins, abriu mão, estranhamente, de julgar a questão, determinar a proibição do protesto, por entender que o perigo de depredação e outros atos contra a ordem era real.
Em sua decisão, a magistrada ordenou que Secretaria de Segue Pública tomasse medidas para conter os antifas. Estes, por sua vez, ignoraram a ordem judicial e a autoridade policial e realizaram o protesto, como se estivessem sob a proteção de alguma força oculta, a mesma que proibiu, semanas atrás, uma manifestação de grupos pró-Bolsonaro em São Luís, com canetada do mesmo Douglas Martins, que agora não demonstrou a mesma convicção repressora.