O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), é um dos chefes de Poder Executivo estaduais que já confirmaram participação na reunião remota com o presidente da República, Jair Bolsonaro, marcada para essa quarta-feira (20), para discutir o pacote de ajuda a estados e municípios em meio à crise do novo coronavírus.
Após adotar medidas extremas de combate à Covid-19 na região metropolitana de São Luís, como o lockdown, com rodízio de veículos, e de aderir, mesmo que tardiamente, ao uso da cloroquina para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus ainda na fase inicial da doença, o comunista deve ter assunto de sobra para discutir com o seu mais ilustre desafeto.
A propósito, na manhã desta terça-feira (19), ao conversar com apoiadores e jornalistas na chegada ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro comentou, em tom jocoso, a adesão de governadores de esquerda ao tratamento da Covid-19 com cloroquina, em uma clara alusão a Flávio Dino.
O clima entre o presidente e o governador maranhense na reunião não deve ser dos mais amistosos, apesar de o comunista estar, neste momento, em posição desconfortável por causa do descontrole da pandemia no estado.
Bolsonaro acha que sabe mais do que a comunidade científica internacional ao impor o uso da cloroquina sem comprovação quanto a sua eficácia, se esse medicamento fosse 100% eficaz contra o coronavírus, ele teria respaldo dos pesquisadores do resto do mundo, sem contar os efeitos colaterais no paciente, o deputado estadual bolsonarista do RJ Gil Viana morreu de covid, e os médicos utilizaram a cloroquina nele . Lamentavelmente, o país tem um presidente maluco que não soube nem educar os filhos que se acha mais sábio do que a classe médica.