Adeus, Alfredo Menezes!

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Alfredo Menezes: sorriso fácil e amizade sincera

Perco mais um amigo para o coronavírus! Na manhã desta segunda-feira, dia 27 de abril de 2020, deixou este plano o jornalista Alfredo Menezes, com quem tive a honra de trabalhar por mais de 15 anos e com quem sempre mantive uma relação fraterna, marcada por admiração recíproca. Vai fazer falta nestes tempos em que cordialidade, consideração e sinceridade nas palavras e atos são virtudes cada vez mais raras.

Eu e Alfredo Menezes não tínhamos mais o convívio profissional diário há alguns anos. Mas quando nos reencontrávamos, renovávamos nossos votos de amizade, sempre com um aperto de mão, um abraço caloroso e com um breve diálogo sobre um assunto do momento, invariavelmente, algo relacionado ao futebol, tema que ele dominava como poucos.

Quem conhecia Alfredo percebia logo nele alguém que ainda acreditava na franqueza das relações humanas. Com muitos, ele transformou a interação no trabalho em apreço, mesmo em meio a pressão, a correria e, não raro, a competitividade que marcam a rotina do jornalismo. E por isso era diferenciado.

Extremamente generoso, Alfredo fazia questão de presentear filhos recém-nascidos de colegas de Redação, de preferência, com algo que fizesse referência ao Vasco da Gama, sua grande paixão, time pelo qual se emocionava fortemente e era capaz de brigar, até mesmo com amigos, para depois voltar a se harmonizar, já que a estima para com o próximo tocava mais forte o coração do que a veia de fanático torcedor.

A perda de Alfredo Menezes está sendo muito sentida. Pior ainda é não poder se despedir de alguém que nos desperta os mais nobres sentimentos. Certamente, ele já virou estrela, e de onde estiver passará a irradiar humildade, humanidade, cortesia e tantos outras virtudes que fazem falta ao mundo de hoje.

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