A população de Paço do Lumiar viveu sentimentos opostos nesta terça-feira (3). Mobilizados após a tentativa do prefeito licenciado Domingos Dutra (PCdoB) de reassumir o mandato, em uma trama claramente orquestrada por sua esposa, Núbia, centenas de cidadãos repudiaram a volta do comunista e manifestaram apoio à permanência da prefeita em exercício, Paula Azevedo (SD), e foram à luta para fazer valer sua vontade.

Alojada em um dos gabinetes do Centro Administrativo de Paço do Lumiar, no Maiobão, Núbia tentava, a todo custo, reassumir o controle da gestão luminense, algo que fez com mão de ferro até setembro do ano passado, quando o marido sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o obrigou a afastar-se do cargo e quase o levou a morte. Apesar da ausência do esposo, que ontem foi praticamente arrastado à sede administrativa do Município, mas hoje parece não ter tido a mesma disposição, a primeira-dama licenciada ousou ocupar o prédio.

A persistência de Núbia revoltou a população, que passou a hostilizá-la e a exigir que ela deixasse o Centro Administrativo. Os mais exaltados pareciam dispostos a partir para a violência, o que obrigou a Polícia Militar a intervir para evitar uma tragédia. Sob vaias, gritos de protesto e até insultos, a mulher de Dutra deixou o local escoltada por policiais e seguranças particulares, que muitos chamaram de capangas.

Aclamação

Enquanto enxotava Núbia do prédio, o povo aguardava de braços abertos o retorno da prefeita em exercício Paulo Azevedo. E não tardou para que ela voltasse, acompanhada por vereadores, assessores e por pessoas da comunidade. Aclamada, a gestora recebeu o carinho popular e retribuiu com a atenção de sempre.

Os episódios testemunhados hoje em Paço do Lumiar foram a prova definitiva de que Dutra, Núbia e seu grupo são figuras indesejáveis no município e já fazem parte do passado.

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