Gestora deixa o comando órgão em pleno momento em que a Unesco avalia pedidos de concessão do título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade a seis manifestações folclóricas brasileiras, entre as quais o bumba meu boi do Maranhão
O governo federal trocou o comando do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Kátia Bogéa, que estava na presidência do órgão desde junho de 2016, deixa o cargo e assume a arquiteta Luciana Rocha Feres.
A mudança foi publicada no Diário Oficial da União desta 4ª feira (11.dez.2019). O documento foi assinado pelo ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil).
A nova presidente do Iphan é formada pela Universidade Federal de Minas Gerais e tem doutorado pela Universidade de Massachusetts. Atuou como diretora na Fundação Municipal de Cultura (2013 a 2016) e gerente de Cultura no Sesc de Minas (2017 a 2019). Na nova função, Luciana receberá R$ 16.944, o mais alto salário do grupo DAS (Direção e Assessoramento Superiores).
A troca faz parte de uma mudança volumosa no setor. O recém nomeado secretário especial da Cultura, o dramaturgo e diretor Roberto Alvim, tem feitos diversas mudanças na subpasta do Ministério do Turismo.
Histórico
Criado em 1937 pelo governo de Getúlio Vargas, o Iphan é uma autarquia federal responsável pela preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro.
O órgão possui 27 superintendências (uma em cada Unidade Federativa); 37 escritórios técnicos, a maioria deles localizados em cidades que são conjuntos urbanos tombados; e 6 unidades especiais -sendo 4 delas no Rio de Janeiro (Centro Lucio Costa, Sítio Roberto Burle Marx, Paço Imperial e Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular) e duas em Brasília (Centro Nacional de Arqueologia e Centro de Documentação do Patrimônio).
A autarquia é responsável por 1 orçamento de R$ 467 milhões. Mas o Congresso estima apenas R$ 354,5 milhões para 2020, uma redução de R$ 113,1 milhões.
Abaixo, o ato de exoneração: