A Maternidade Carmosina Coutinho, que antes era conhecida como maternidade da morte, passou a ser a Maternidade da Vida, são mais de 3 mil nascimentos por ano, e passou a oferecer um atendimento diferenciado aos pacientes de Caxias e região nos últimos 2 anos e 7 meses. 60% dos atendimentos são de caxienses, mas a maternidade é referência para 54 outros municípios.
Dona Maria da Conceição chegou de ambulância com a filha, da cidade de Buriti. “As consultas da minha filha foram feitas sempre aqui em Caxias e o doutor pediu pra ela ter o neném aqui. O atendimento daqui é muito bom, graças a Deus”, disse.
Graças ao Programa de Reestruturação de Hospitais Públicos e o início da Planificação, houve uma mudança das práticas dos profissionais, respeitando as rotinas, normas e protocolos.
“Em 2018 a gente iniciou com a planificação, e tudo isso a gente tem trabalhado no intuito de melhorar a questão de protocolos, normas, rotinas, equipes profissionais. Trabalhamos com evidências científicas mais atualizadas para dar o melhor atendimento à nossa população”, destaca Márcia Souza, diretora da Maternidade Carmosina Coutinho.
E os resultados passaram a ser colhidos. Depois da implantação da Planificação na Atenção Primária de Caxias, o trabalho da maternidade melhorou ainda mais. Em abril de 2018 foi registrada zero morte neonatal e materna; houve a redução dos partos cesáreos com a implantação da Residência Obstétrica e a redução da mortalidade. Graças às mudanças das práticas, houve uma redução na mortalidade em 85% desde 2017.
“Com a Planificação na Atenção Primária, a gente consegue ter uma melhor estruturação de nosso serviço. A gente tem metas a atingir, então a gente consegue saber o número de gestantes que a gente vai atender”, explica Márcia Souza.
Orientações
Embora haja um esforço da equipe para apresentar resultados, há casos que fogem do controle dos profissionais, como os casos de má formação na geração da criança. Os casos que chegam à maternidade são explicados aos pais, onde receberam todas as orientações sobre a cardiopatia congênita.
“A causa para a cardiopatia congênita é bem desconhecida do que pode potencializar esse surgimento dessa má formação quando nasce, como histórico da família, parentes de primeiro grau, mãe e pai que seja portador dessa doença, fatores maternos como diabetes, dentre outros, que podem levar a essa anomalia cardíaca”, destaca a diretora da maternidade.
No entanto, casos de crianças que nascem debilitadas passam por um período de estabilização na UTI, sempre acompanhadas pelos pais, como é o caso do casal Leandro da Costa e Silmara da Conceição do município de Parnarama, que acompanham a filha de 11 dias de nascida que se recupera na UTI Neonatal.
“Eu só posso ir pra casa quando ela melhorar. Aqui estou sendo bem tratado com minha esposa, aqui em todo lugar, na portaria, na janta, na merenda, aqui em Caxias os médicos atendem muito bom. Nós não pensamos nem duas vezes, viemos logo pra Caxias”, disse Leandro da Costa, que acompanha a esposa. Ambos são do povoado Paiol do Centro/Parnarama (MA).