O ataque explosivo à agência do Banco do Brasil do Calhau, na Avenida dos Holandeses, ocorrido na madrugada desta segunda-feira (3), foi a quinta ação criminosa do gênero registrada em São Luís este ano. Ao dinamitar o prédio da instituição financeira, localizado a poucos quilômetros do quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, a bandidagem deu mais uma demonstração de audácia e escancarou, mais uma vez, a inoperância do sistema de segurança pública quando se trata de policiamento preventivo.
No ataque com explosivos à agência do BB do Calhau, cometido por volta das 02h30, os bandidos destruíram toda a parte frontal do prédio. Os alvos foram os terminais de autoatendimento (caixas eletrônicos). Apesar dos estragos causados ao imóvel, nenhuma quantia foi levado, pois o cofre que guardava o dinheiro não foi violado com a detonação.
Histórico assustador
As quatro ocorrências anteriores, registradas em, feereiro janeiro e março, tiveram como alvos os terminais de auto-atendimento da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), na Avenida dos Holandeses, no Calhau (mais perto ainda do Comando Geral da PM do que a última agência atacada); e os caixas eletrônicos das agências do BB dos bairros Alemanha, na Avenida dos Franceses, da Caixa Econômica Federal, na Avenida Getúlio Vargas, Monte Castelo (próximo ao Canto da Fabril), e Anil, na Avenida Santos Dumont.
O que chama atenção e amedronta é frequência com que esse tipo de crime tem acontecido na capital maranhense. Com sucessivas ocorrências, a polícia já deveria ter montado uma estratégia para neutralizar os bandidos antes dos ataques.
A falta de ação preventiva do sistema de segurança contra os ataques explosivos à rede bancária é algo que requer explicação. Com todo o aparato de tecnologia de que dispõe, é um tanto estranha a falta de um monitoramento eficiente, capaz de identificar suspeitos e inibir suas investidas ousadas.
Será que falta competência/qualificação no uso dos recursos tecnológicos ou o problema é a má vontade. No dois casos, a justificativa não condiz com a propaganda oficial, que apresenta uma São Luís pacificada, livre da violência de outrora.