O vereador João Serra Almeida, mais conhecido como Jango, de 46 anos, foi o sexto político assassinado no Maranhão desde 2017. A onda de violência contra homens públicos no estado segue a tendência nacional, que registra como caso de maior repercussão dos últimos anos a execução a tiros da vereadora do Rio de Janeiro Marielle (PSOL).
Jango, que já foi presidente da Câmara de Vereadores de Maranhãozinho, voltava de uma fazenda de propriedade do seu pai, em Santa Luzia do Paruá, quando foi morto a bala. Ainda não há pistas sobre os autores do crime. A polícia investiga se o caso tem relação com pistolagem.
Vítimas
Em menos de um ano e meio, cinco políticos com ou sem mandato já foram assassinados no Maranhão. O caso de maior repercussão teve como vítima o ex-prefeito de Barra do Corda Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, assassinado em 6 de dezembro de 2017. Acusado de ser o mandante do crime, o filho mais novo do político, Júnior de Nenzim, foi preso dias depois e, atualmente, aguarda o julgamento. O vaqueiro da família, Luzivan Rodrigues, foi apontado pelas investigações com cúmplice da execução.
Outro assassinato de político que chocou o Maranhão foi a do prefeito de Davinópolis, Ivanildo Paiva, encontrado morto em um terreno baldio na zona rural do município da Região Tocantina, distante 15 quilômetros de Imperatriz. Ivanildo foi morto a tiros. Investigação policial identificou como mandante o vice-prefeito, José Rubens Firmo, e José Antônio Messias, próspero empresário da cidade. Ainda de acordo com o inquérito, os autores do crime foram dois policiais militares e dois civis.
Em 25 de agosto de 2017, o vereador Kedson Rodrigues, de Governador Nunes Freire, a 181 quilômetros de São Luís, foi assassinado a golpes de faca. O crime aconteceu em Turilândia, município distante 160 quilômetros da capital.
Outra vítima foi o vereador de Anajatuba Miguel Sampaio, 53 anos, mais conhecido como Miguel do Gogó, do PCdoB, morto em 16 de abril em 2017. Ele foi executado com três tiros na cabeça durante uma festa em um povoado de Santa Rita por dois homens em uma moto, em mais um crime com características de pistolagem. A polícia informou que ele vinha recebendo ameaças nos três meses que antecederam a sua morte.
Em 2 de janeiro de 2018, foi assassinado o vereador de Apicum-Açu Jorge Cunha, do Pros. Ele foi assassinado durante uma festa em um povoado do município por um homem a quem havia negado a quantia de R$ 2,00. Os golpes atingiram o peito e a costela do vereador.