Terceirizados da saúde estadual denunciam calote aplicado por Flávio Dino

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Profissionais de saúde e de serviços gerais que atuam em hospitais da rede estadual e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) voltam a denunciar que estão sendo vítimas de calote aplicado pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Os trabalhadores prejudicados são lotados no Hospital Carlos Macieira, maior unidade de referência em alta complexidade da rede estadual de saúde, e no Hospital Geral (Hospital de Câncer), outra unidade de grande porte, em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e em diversas outros núcleos de atendimento vinculados à Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O problema foi relatado ao blog por fontes que preferem não se identificar por medo de represália. Elas acusam o governo de não repassar as parcelas contratuais às Organizações Sociais de Interesse Público (OSCIPs) para que estas efetuem os pagamentos das rescisões trabalhistas devidas aos empregados desligados após o rompimento do vínculo com o Estado.

A maioria das OSCIPs são cooperativas, que estão devendo há pelo menos oito meses aos profissionais dispensados  e até agora não quitaram os débitos com seus ex-empregados, em grave afronta à lei. “Já aconteceram várias audiências, mas, até hoje, nadas se resolveu”, queixa-se uma das fontes.

Os maiores devedores são o Instituto Cidadania e Natureza (ICN) e o Instituto Gerir, que tiveram contratos rescindidos com a SES, seja por envolvimentos dos seus dirigentes em irregularidades – o  dono do ICN chegou a  ser preso pela Polícia Federal na Operação Pegadores, deflagrada em novembro de 2017 -, seja por problemas de ordem administrativa.

Outra OSCIP que deve aos seus profissionais é a Biosaúde. O motivo seria o mesmo: a falta de repasse de parcelas contratuais pelo governo Flávio Dino. Os trabalhadores contam que ao procurar a organização, nunca obtêm resposta, já que a empresa evita se pronunciar.

Outros problemas denunciados são a falta de material para uso nos atendimentos aos pacientes, inclusivo no HCM., que estaria um caos, e os sucessivos atrasos de salários de médicos, situação que levou a categoria a realizar, recentemente, uma “operação tartaruga” nas UPAs, o que aumentou a agonia dos pacientes.

Hospital Geral

No Hospital Geral, situado na Rua de São Pantaleão, bairro Madre Deus, as vítimas do calote governista são ao trabalhadores da área de serviços gerais. Eles não recebem salários há três meses e reclamam que ainda assim os os dirigentes da empresa terceirizada Global, ao qual estão vinculados, exigem que eles mantenham a frequência e a pontualidade, continuem trabalhando com eficiência. “Estamos penando. Por isso, decidimos denunciar”, justificou uma servidora.

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