Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) atende precariamente demandas da imprensa relacionadas ao serviço hospitalar destinado a vítimas de acidentes com fogos
Em meio às festas juninas e ao clima de euforia que toma conta da cidade durante os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo, é comum o hábito de soltar fogos de artifício, bombas, balões e outros artefatos pirotécnicos, o que implica risco de queimaduras e até amputações causadas por explosões. É um momento mais do que apropriado para a Prefeitura de São Luís vir a público alertar sobre os perigos desta época, em que a alegria e a comemoração podem dar lugar à tragédia. Mas, estranhamente, a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) vem sonegando informações sobre o atendimento a pacientes queimados na rede pública municipal de saúde.
Há exatos 10 dias, a reportagem de O Estado vem tentando obter, junto à equipe da Secom, informações sobre encaminhamento, internação e estrutura para atendimento a queimados disponível nos hospitais municipais de urgência e emergência Djalma Marques (Socorrão I) e Clementino Moura (Socorrão II). A intenção inicial era agendar uma entrevista, mas, como o contato direto entre jornalistas e fontes é cada vez mais raro no âmbito da prefeitura da capital, o jornal teve, mais uma vez, que se contentar com o envio de uma nota. Para tanto, seguiu, como sempre, todos o trâmite burocrático imposto pela secretaria para viabilizar o atendimento da demanda.
Sobre as informações encaminhadas pela prefeitura, tamanha foi a surpresa da equipe de reportagem ao receber uma nota vaga, superficial, escrita em poucas linhas, na qual a Secom informa que não houve aumento do número de atendimentos a vítimas de queimaduras no período junino, que este ano coincide com as primeiras fases da Copa do Mundo, o que potencializa o perigo. Na nota, a prefeitura diz, ainda, que “o Serviço Móvel de Atendimento e Urgência (Samu) está funcionando com a frota total e reforço de mais uma ambulância para qualquer ocorrência e que os hospitais Socorrão I e II estão preparados para receber pacientes com queimaduras”.
Sem ter acesso aos setores de atendimento a queimados dos socorrões I e II, O Estado não pode comprovar, in loco, a veracidade da informação contida na nota. Em nome do bom jornalismo, o ideal seria uma visita aos espaços de internação, mesmo sob monitoramento, e com os devidos cuidados. Mas o cumprimento de tal premissa não foi possível em razão do veto da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), avalizado pela Secom, à presença de profissionais de imprensa nas alas com leitos ocupados por vítimas de queimaduras.
Além de divulgar informações vagas, a Secom impede os meios de comunicação de checar, direto na fonte, a qualidade do tratamento, contrariando as normas de transparência que devem ser cumpridas pela administração pública. Uma atitude lamentável e suspeita, que representa um desserviço à sociedade.
Não é injusto, muito menos exagero afirmar que a Secom atende precariamente as demandas da imprensa relacionadas ao serviço hospitalar destinado a vítimas de queimaduras. Lamentável.
Acredito não estão negando informações, até pq eles também se procupam muito com isso e estão sempre esclarecendo toda a dinamica desse periodo
Rpz acho que não é assim também, pode ta havendo alguma falha nessa comunicação e por isso a falta de informações