Pacientes estão morrendo por falta de atendimento de saúde em região onde pesquisa dá vitória a Flávio Dino

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Hospital Macrorregional de Caxias, onde paciente renunciou a tratamento, mesmo com câncer de próstata

O governador Flávio Dino (PCdoB) parece ter abandonado à própria sorte os doentes da Região dos Cocais, que tem como polo o município de Caxias, onde recente pesquisa apontou a vitória do comunista com larga vantagem sobre os adversários. Sem assistência, pacientes oncológicos chegam a assinar termos de responsabilidade para formalizar sua renúncia ao tratamento no Hospital Macrorregional da cidade e buscar cuidados em outros lugares, até mesmo fora do Maranhão. Outra prova de descaso é a falta de um neurocirurgião na região, o que vem contribuindo para o agravamento do quadro clínico de enfermos, com sucessivos registros de óbitos.

Moradores de Caxias, Timon, Coelho Neto e outras cidades da Região dos Cocais, onde a população, somada, chega a 600 mil habitantes, exigem do governo estadual a melhoria do atendimento no Hospital Macrorregional de Caxias, que passou a realizar apenas procedimentos típicos de enfermagem, como curativos. Sem tratamento especializado, o número de mortes de doentes aumenta a cada dia. Uma das especialidades inexistentes na região é a neurocirurgia.

O líder comunitário Jaílson Nascimento sofreu acidente de moto e morreu por falta de um neurocirurgião para operá-lo

A ausência de um neurocirurgião para atender pacientes nessa área tão complexa da Medicina contribuiu para o registro de, pelo menos, dois óbitos nos últimos dias. Uma das que morreu foi uma mãe de Caxias, que foi obrigada a buscar tratamento em Presidente Dutra, mas não resistiu. Vítima de acidente de trânsito quando pilotava uma motocicleta, o líder comunitário e presidente da associação de moradores do bairro São Benedito, em Timon, Jaílson Nascimento, conhecido como Escopeta, também perdeu a vida por falta de um neurocirurgião para operá-lo. Foi relatado, ainda, o caso de uma senhora residente em Coelho Neto que teve que viajar a Teresina (PI) para fazer uma tomografia porque a rede pública estadual de saúde não disponibiliza esse tipo de exame na região.

Em razão da carência, os cidadãos que não têm condições de bancar os tratamentos na rede particular apelam ao governo para que firme convênio com uma clínica privada, de modo a oferecer atendimento aos pacientes que necessitam de cuidados neurológicos.

Termo de renúncia

No último fim de semana, chamou atenção o caso de um idoso, acometido por câncer de próstata, que assinou Termo de Renúncia de Tratamento Oncológico no Hospital Macrorregional de Caxias. O documento informa que o paciente abre mão, até mesmo, de atendimentos de urgência e emergência na unidade de saúde. Mas o que leva uma pessoa a abdicar de um direito constitucional que a assiste, decisão que pode levá-la a morte? Versão oficial para a renúncia ao tratamento não foi apresentada, mas é fácil deduzir que se o hospital oferecesse condições humanizadas de tratamento o doente não tomaria atitude tão drástica.

Em meio a tanto descaso com a saúde, será que os caxienses têm mesmo motivação para dar a Flávio Dino a liderança disparada de intenções de votos, conforme apontou a pesquisa?

A propósito, a sondagem eleitoral foi mais uma encomendada pelo Palácio dos Leões, bem ao gosto cliente.

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