Consumidores de São Luís já não estão pagando o menor preço do país pela gasolina. A greve de caminhoneiros, que disparou como nunca o gatilho das bombas dos postos de revenda, e a recusa do governador Flávio Dino (PCdoB) de reduzir a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre os combustíveis, resultou em reajuste, considerado abusivo por muitos.
Se antes, o governo comunista, com respaldo do Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon-A), vangloriava-se por supostamente viabilizar as condições para a venda da gasolina mais barata dentre todas as unidades da federação, hoje, não há mais nada a comemorar nesse sentido.
Pesquisa de preços realizada no último dia 30, em todas as capitais brasileiras, apontou que São Paulo vende, atualmente, gasolina ao menor custo do país. Na maior metrópole brasileira, o litro do combustíveis mais usado pela frota nacional pode ser encontrado a R$ 3,49, R$ 0,60 a menos do que o preço predominante em postos de São Luís (R$ 4,09) e R$ 0,50 menor do que o menor valor encontrado pelo Procon na cidade.
Mesmo com a alta, que compromete ainda mais a já minguada renda da maioria dos cidadãos maranhenses, Flávio Dino permanece irredutível quanto à tão esperada diminuição da alíquota de 26% cobrada pelo governo para fins de arrecadação tributária sobre os combustíveis, maior contribuinte do Estado.
Repetindo o discurso de que a alta da gasolina, do etanol e do diesel é um problema cuja solução compete exclusivamente ao Governo Federal, Dino não demonstra qualquer intenção de recuar e abrir mão de receita em favor da população.