Fonte muito bem situada do blog informa que o governo Flávio Dino (PCdoB) enviou missão ao interior do Maranhão para cadastrar 10 mil profissionais com a promessa de empregá-los na Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio de supostos contratos temporários. Há cerca de duas semanas, uma emissária do governo, vinculada à SES, identificada como Patrícia, esteve em Codó em busca de candidatos às vagas ofertadas.

Segundo apurou o blog, os contratos de trabalho na Saúde terão duração de nove meses – até fevereiro de 2019 – e a previsão é de início imediato. Estão sendo recrutados enfermeiros, técnicos de enfermagem, técnicos de raio-x, técnicos de laboratório, maqueiros, dentre outros .

Recentemente, o governo Flávio Dino rescindiu, unilateralmente, o contrato de gestão hospitalar que mantinha com o Instituto Gerir, que alega ter amargado um calote de R$ 63 milhões e anunciou que cobrará a dívida na Justiça. A organização social gerenciava nada menos do que três grandes unidades de saúde: Hospital Carlos Macieira, Hospital de Trauma e Ortopedia (HTO) e Hospital Macrorregional Dra. Ruth Noleto, em Imperatriz.

Há vagas

A interrupção do contrato provocou a demissão de centenas de profissionais e fez surgir a necessidade urgente de reposição de mão de obra na Saúde. Com vagas de sobra a serem preenchidas, a busca por novos trabalhadores é algo lógico. No entanto, paira a dúvida se o método de recrutamento adotado é o adequado, sobretudo neste momento que antecede a campanha eleitoral, na qual o governador estará diretamente envolvido, em busca da reeleição.

A propósito, em rápida pesquisa, o blog identificou, no quadro de servidores da SES, pelo menos uma gestora de nome Patrícia. Trata-se da chefe do Departamento de Apoio e Diagnóstico Terapêutico, Patricia Bacellar Braga, que, por coincidência (ou não) atuou ativamente no encontro de Flávio Dino com os prefeitos maranhenses eleitos em 2016, realizado em dezembro daquele ano.

No evento, o setor por ela chefiado apresentou aos prefeitos um desenho da rede estadual, os perfis de cada unidade, a gerência da regulação, formas de acesso aos centros de saúde, a diferença entre hospital e UPA, o que é um hospital de alta complexidade e emergência.

Portanto, conhecimento sobre a rede estadual de saúde e suas demandas não falta à gestora.