Enquanto navio cargueiro permanece parado no Porto do Itaqui, trabalhadores, Emap e G5 medem forças
Após desligar dezenas de portuários contratados para a operação de carregamento do navio Star Fuji, atracado desde o último dia 12 no Porto do Itaqui para receber 35,5 mil toneladas de celulose em retaliação à paralisação deflagrada pelos trabalhadores, a G5 Logística Soluções e Transporte, com apoio da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), se prepara para empregar mão de obra vinculada à empresa na execução da tarefa. Mobilizados no cais em protesto contra a quebra do acordo que vetava o vínculo empregatício com a G5 e preservava direitos e vantagens da categoria, os trabalhadores descartados anunciaram que não permitirão a substituição.
O clima é tenso na área portuária e já houve, pelo menos, uma ameaça, feita por um dirigente da G5 ao presidente do Sindicato dos Arrumadores, Carlos Magno Maia Castro, o Lixa, que lidera a paralisação. Segundo versão do sindicalista, com base em áudio com declarações de um portuário, o executivo da empresa declarou, em uma reunião, no início da emana, que “acabará com o Lixa”.
Em mensagem encaminhada ao blog, Lixa anunciou que “os trabalhadores estão de prontidão para não deixar acontecer”.
A carga destinada ao navio, de bandeira norueguesa, é proveniente da fábrica maranhense da Suzano Papel e Celulose, instalada na Região Tocantina. A embarcação deveria ter desatracado no dia 14. O prejuízo acumulado nos seis dias de paralisação chega a U$ 1,8 milhão (um milhão e oitocentos mil dólares).