Com o objetivo de debater o cenário econômico e empresarial brasileiro, o pré-candidato à presidência da República Aldo Rebelo esteve reunido, na manhã desta sexta-feira (11), com empresários de diversos segmentos produtivos do Maranhão. O encontro, promovido pela Associação Comercial do Maranhão (ACM), Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio) e Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), aconteceu no Grand São Luís Hotel.
Na abertura do evento, o vice-presidente da Fecomércio-MA, Marcelino Ramos Araújo, destacou a importância da realização do encontro e a parceria das entidades empresariais para a ampliação da representatividade da classe empresarial no Maranhão. “Gostaria de parabenizar a ACM, a CDL, a Fiema, a Fecomércio e todas as demais entidades empresariais que também têm participação ativa nesse processo de união dos empresários de diferentes segmentos e ramos de atividades”, enfatizou Marcelino Araújo.
Durante o Encontro Empresarial, Aldo Rebelo enfatizou que não existe saída para as adversidades do Maranhão sem resolver as adversidades do Brasil. “Hoje existe uma desorientação no país, que desvia o Brasil da sua agenda central que começa pela volta do crescimento e do desenvolvimento. Não tem saída para a crise fiscal ou da previdência se a economia não voltar a crescer. O Brasil é um país preparado para não crescer. É preciso remover os obstáculos ao investimento, pois o país vem perdendo investimentos”, iniciou o ex-ministro.
O pré-candidato à presidência da República também tratou sobre a questão das desigualdades, como a falta de saúde e educação adequadas, que são entraves para o crescimento. Aldo Rebelo destacou que não se trata apenas de um problema de renda, mas também de oportunidades. “A democracia do respeito, da tolerância e da convivência foi se perdendo no país. Foi criada uma cultura do ódio e as pessoas não estão dispostas a ouvir o diferente”, completou Rebelo.
Sobre o Maranhão, Aldo Rebelo destacou a potência do Porto do Itaqui e a necessidade de implantação da Segunda Esquadra da Marinha no estado. “Temos um mapa de grandes possibilidades para o desenvolvimento do Maranhão, na área da Defesa, agricultura, piscicultura agroindústria, espacial. O porto do Itaqui está destinado a ser um dos mais importantes do mundo. O meu compromisso é fazer com que o Brasil volte a crescer, se tornando mais competitivo, mais democratizado e menos desigual”, enfatizou.
Reformas e Desenvolvimento
Após esse primeiro momento, foi aberto o espaço para perguntas e debate de proposições para o desenvolvimento do cenário econômico brasileiro e, especialmente, maranhense.
O primeiro questionamento foi realizado pelo vice-presidente para Assuntos de Economia e Finanças da ACM, Fernando Duailibe, que destacou o cenário de queda da produtividade nacional, o aumento da ineficiência governamental e o inchaço da máquina pública observados nos últimos governos.
Nesse sentido, Fernando Duailibe questionou sobre o desenvolvimento do Brasil em meio ao desequilíbrio fiscal. Para Aldo Rebelo, o país não tem recurso para cobrir o orçamento básico e isso é um entrave para a competitividade e desenvolvimento.
Em seguida, o diretor da CDL Marcelo Rezende, abordou sobre a carga tributária brasileira e os gastos públicos, assim como a correta aplicação do dinheiro público e uma possível reforma tributária. Nesse mesmo contexto de reformas que visam o crescimento econômico, o vice-presidente da Fecomércio-MA, Marcelino Araújo, questionou sobre o futuro do emprego no Brasil com a reforma Trabalhista.
“É preciso uma arquitetura para se fazer uma reforma tributária em um país tão desigual como o Brasil. É como um pacote federativo, para cada estado é um sentido diferente. É preciso fazer com que essa burocracia custe menos e seja mais eficiente no país. Sou a favor das reformas, mas é importante que todas as reformas realizadas no Brasil obedeçam alguns critérios como, tornar o país mais competitivo, ouvindo empresários e trabalhadores, e que diminua as desigualdades”, destacou o pré-candidato.
O presidente da Fiema, Edilson Baldez destacou a importância da realização do encontro empresarial e questionou sobre os obstáculos para o crescimento econômico diante da estrutura atual do país. “Temos grandes entraves que impedem o desenvolvimento do país e encontros como esse proporcionam espaços para a discussão e compreensão do que realmente está acontecendo com o nosso país. Os empresários precisam entender o atual cenário para que ocorra a recuperação da confiança e da economia”, destacou.
Mais
Outros assuntos como, o cenário de relações entre o Poder Judiciário e a política nacional, políticas públicas que estimulem o empreendedorismo, além da possibilidade de conciliar mercado e estado, com a criação de um ambiente favorável ao investimento privado, também foram debatidos durante o encontro com a classe empresarial.