O deputado estadual Sousa Neto (PRP) deve protocolar, nos próximos dias, dois pedidos de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão.
Nessa terça-feira (24), o parlamentar iniciou a coleta das assinaturas de membros da oposição e da própria base governista. Para que a CPI seja instalada é necessário que 14 dos 42 deputados maranhenses assinem os dois requerimentos, que já contam cada um, com cerca de 10 adesões.
O primeiro deles visa investigar sobre o uso indevido de assinatura eletrônica de oficial da Polícia Militar, no escândalo em que o Governo Flávio Dino ordena à Instituição que monitore os adversários políticos à Gestão Comunista, com vistas às eleições deste ano.
Já o segundo tem como objetivo esclarecer a acusação feita pelo soldado da Polícia Militar, Fernando Paiva Moraes Júnior contra o secretário Jefferson Portela, pelos supostos crimes de tortura e sequestro, com o propósito de coagi-lo a envolver um membro da Assembleia Legislativa do Maranhão em organização criminosa, em delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF).
“São dois escândalos graves na Segurança Pública, que tiveram repercussão nacional e que a sociedade espera que sejam esclarecidos. Queremos ouvir todos os citados nos dois casos; no primeiro, o Governo nega que tenha ordenado a PM a monitorar a oposição, e, segundo eles, o documento enviados aos batalhões é falso, e o que houve foi o uso indevido, não autorizado e criminoso de assinatura eletrônica. O outro caso é uma afronta ao Poder Legislativo, já que um militar que está preso, afirmou ter sido coagido a incriminar o deputado Raimundo Cutrim e mais dois delegados, no caso do contrabando. Acredito que teremos o número de assinaturas necessárias para abrir essas investigações”, destacou Sousa Neto.