Em audiência pública, Wellington diz que Flávio Dino trai população do Cajueiro ao defender empreendimento

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Audiência discutiu impactos sociais da instalação de empreendimento na localidade Cajueiro

Após mais de cinco horas de audiência, o deputado estadual progressista Wellington do Curso, enquanto presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, ouviu as principais solicitações dos moradores das comunidades do Cajueiro. Estiveram presentes membros do Ministério Público, Comissão de Direitos Humanos da OAB, IBAMA, além de pessoas solidárias à causa, a exemplo do professor Horácio Antunes, do Grupo de Estudos Desenvolvimento Modernidade e Meio Ambiente, da UFMA.

Na ocasião, moradores expuseram sentimento de angústia e preocupação que predominam nas comunidades do Cajueiro.

“Eles estão querendo vender a nossa gente. Estão querendo nos vender. Sim, nos vender…porque ali no Cajueiro não é só um pedaço de terra. É um pedaço de cada um de nós. É isso que o Governador está querendo fazer: nos vender pra WTorres”, desabafou uma moradora do Cajueiro.

Sobre a situação, Wellington colocou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos à disposição e deixou claro seu posicionamento em defesa dos moradores do Cajueiro e da criação da Resex.

“Essa discussão quanto à questão do Cajueiro não é de agora. Já é algo que tem tempo. Nosso posicionamento sempre foi um só: a favor de quem vive no Cajueiro e em defesa da Resex. O Governador, ao que parece, esqueceu dos seus antigos ideais e, agora, vira as costas para a população…defendendo um ‘empreendimento’ que terá, e já até o tem, inúmeros impactos, sobretudo negativos, para a população. Enquanto deputado estadual, não posso dar ordem alguma ao Governador, mas deixo aqui claro o meu posicionamento em defesa do povo de Cajueiro. Governador Flávio Dino, não traia quem um dia confiou em Vossa Excelência”, disse Wellington.

Entre os encaminhamentos da audiência, estão: articular junto ao CONSEMA uma reunião do Conselho com Comissão de representantes das comunidades tradicionais do Cajueiro; oficializar o IPHAN quanto aos procedimentos adotados para preservação dos bens culturais e materiais presentes nas comunidades tradicionais do Cajueiro; fortalecer as ações a fim de suspender as licenças ambientais; além de articular visita de inspeção “in loco” (nas comunidades do Cajueiro e canteiro de obras da empresa W.Torres) a ser realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia em parceria com a Comissão de Meio Ambiente, uma vez que a questão deve ser analisada sob a perspectiva social e ambiental.

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