O Hospital Carlos Macieira, referência em atendimento de alta complexidade, é o retrato do descaso com a saúde pública estadual no governo Flávio Dino (PCdoB). Outrora modelo de assistência a pacientes acometidos por diversas enfermidades, o HCM hoje agoniza e tem seu funcionamento prejudicado por problemas de logística (falta de equipamentos e material hospitalar) e desprezo aos recursos humanos (atrasos frequentes de salários de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e até de porteiros), o que representam grave ameaça à vida dos doentes tratados no hospital.
Além do não pagamento dos salários pelo Instituto Gerir, contratado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para administrar o HCM, o vale-transporte não foi repassado aos profissionais que precisam do benefício para se deslocar ao trabalho. Segundo funcionários que relataram a situação ao blog, não há previsão nem para o crédito dos vencimentos, muito menos para o repasse do auxílio-transporte.
Quanto ao atraso salarial, o caso mais grave é o dos médicos e enfermeiros, que não são pagos há cinco meses. Os porteiros também passam por extrema dificuldade, pois não recebem remuneração há quatro meses. Nem mesmo as cestas básicas que o Instituo Gerir costuma dar aos agentes de portaria como forma de complementar os seus baixos rendimentos têm sido repassadas.
Habituados a receber os salários muito depois do período regulamentado por lei (até o quinto dia útil de cada mês), os profissionais do HCM vivem sem a menor perspectiva sobre quando vão poder honrar seus compromissos e dar o devido sustento às suas famílias.