Faltando menos de um ano para a eleição na qual tentará renovar o mandato, o governador Flávio Dino (PCdoB) concentra as ações da administração estadual em sua figura pessoal. Como se não bastasse os arroubos de populismo que vêm marcando suas aparições públicas, Dino tem seu nome estampado em sucessivas manchetes de matérias jornalísticas produzidas pela equipe de comunicação do governo e reproduzidas pela imprensa e a blogosfera alinhadas ao projeto de poder comunista.

Flávio Dino faz questão de atribuir para si todos os feitos positivos do governo, como se quisesse deixar claro quem manda. Se nos anúncios de obras, assinaturas de ordens de serviço, inaugurações e demais atos do governo Maranhão afora, a figura do chefe do Executivo é onipresente, o destaque dado ao seu nome nas coberturas para mídia impressa, radiofônica, televisiva e para meios de comunicação da internet é exagerada.

Nos títulos das reportagens, é comum a citação do nome “Flávio Dino”, em detrimento do governo que ele representa. Trata-se da personificação do poder, um artifício ao qual recorrem políticos que se acham acima da gestão que deveria conduzir com probidade, o que inclui evitar a auto-promoção.

A Constituição expressamente autoriza a propagação de informações com conteúdo informativo, educativo ou de orientação social, desde que não haja promoção pessoal e lesão ao erário. É vedada a vinculação da imagem do agente através da inclusão de nomes, símbolos ou imagens que promovam o enaltecimento pessoal de sua autoridade, algo que o governador do Maranhão faz de forma recorrente, sem o menor pudor.

Ignorando sua condição de ex-juiz federal e jurista reconhecido, Flávio Dino atropela a lei, ignorando o que reza o artigo 2º do Código Eleitoral, que diz que “todo o poder emana do povo e será exercido em seu nome”.