Estima-se que entre 6% e 10% da população mundial sofra com esse problema que, sem o devido tratamento, coloca em risco o funcionamento dos dois filtros do organismo humano
Esse percentual é considerado alto pela Sociedade Brasileira de Urologia. O cálculo renal, conhecido popularmente como “pedra nos rins”, aflige milhões de pessoas também no mundo. A doença é um quadro agudo que se instala mais nos homens do que nas mulheres, trazendo reações de visível transtorno. Do ponto de vista semântico, o termo “cálculo renal” é inadequado. Melhor seria chamá-lo de cálculo das vias urinárias, uma vez que ele pode acometer qualquer ponto do aparelho urinário (rins, ureteres, bexiga urinária e uretra).
Na maioria das vezes, a doença é descoberta em unidades de emergência, sendo uma condição clínica comum, dramática pela dor envolvida e de abordagem não uniformizada, devido à diversidade de informações a respeito.
Quando há suspeita de cálculo renal, são solicitados exames para a comprovação e a tríade radiológica (localização, densidade e tamanho do cálculo), com intuito de ministrar o melhor tratamento. Exemplos incluem a ultrassonografia, a radiografia dos rins (urografia excretora), o exame de urina e, atualmente, a tomografia computadorizada sem contraste.
“O cálculo renal tem impacto social importante, pois muitos pacientes ausentam-se do trabalho por vários dias. Nesse sentido, o melhor caminho é a prevenção associada a uma abordagem multidisciplinar que inclui avaliação nutricional, nefrológica e urológica, o aumento na ingestão de líquidos e a mudança de hábitos sedentários. A avaliação metabólica do paciente após o primeiro episódio de cólica renal também tem mudado a história natural dessa condição clínica”, afirma o médico radiologista Dr. Sylvio Batista, da Clínica Imedical, instalada no Shopping da Ilha.
Usualmente, o primeiro sintoma é a dor intensa que começa subitamente quando a pedra se move no trato urinário, causando irritação e obstrução. A dor, de caráter imensurável pela não localização na fase inicial, pode associar-se a sintomas sistêmicos como náuseas, vômitos e diarreia. Na fase aguda, a pessoa sente uma dor aguda – no dorso ou abdômen inferior – que se irradia para as genitálias.
“Para detectar a causa da formação da pedra, deve-se buscar um profissional médico, embora seja certo que a patologia está relacionada a hábitos sociais e alimentares da fase adulta. A vida atribulada e com hábitos alimentares inadequados tem aumentado a prevalência de específicos tipos de cálculo, como o de ácido úrico, que forma o temido cálculo renal. A principal medida dietética é evitar o excesso de ingestão de sal”, frisa o Dr. Sylvio Batista.