A crítica pública do governador Flávio Dino (PCdoB) à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Operação Lava Jato, foi rebatida com veemência por internautas que com ele interagiram sobre o assunto no Facebook. Evocando sua condição de professor da área jurídica, o comunista classificou como “heresia” a sentença de prisão de nove anos e meio, proferida na última quarta-feira pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
O governador do Maranhão fez a seguinte reflexão em sua timeline para protestar contra a decisão de Moro em desfavor de Lula: “Nesses dias espantosos, agradeço a Deus por não estar lecionando Direito Constitucional ou Penal. Seria difícil explicar tantas heresias”.
Logo, passaram a chover comentários à postagem, alguns corroborando o pensamento de Dino, mas a maioria em tom de divergência, variando entre reações moderadas e de visível indignação.
Um dos comentários mais ácidos foi postado pelo internauta João Soeiro: “nos, como estudantes, que agradecemos por não tê-lo como professor”. André Henrique Ferreira, outro seguidor do comunista na rede social, emendou: “Vai trabalhar pelo estado do Maranhão, Flávio Dino”.
O internauta Antônio Araújo Filho também foi implacável: “É, seria muito difícil explicar que o maior corrupto da história do país é inocente. Sua ausência numa sala de aula deve ser comemorada, isso sim…”.
Houve quem levantasse suspeita sobre a honestidade de Flávio Dino, tendo em vista a solidariedade manifestada por ela ao ex-presidente, sentenciado por corrupção. “Lembra, governador, o senhor continua a apoiar quem roubou esse país e acabou com o país junto com Dilma. Porque o senhor é conivente roubaria então. O senhor vai perder a reeleição.”, assinalou Fernando Moreira.
Dezenas de outros internautas postaram comentários na timeline do governador condenando o que chamaram de conivência com as práticas ilícitas atribuídas ao líder máximo petista.
A propósito, Flávio Dino, por suas ideias e estilo de liderança, vem sendo apontado como opção à sucessão presidencial caso Lula fique inelegível.