Não será surpresa se o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (PCdoB), e a mulher dele, Fernanda Gonçalo (PMN), prefeita de Bacabeira, romperem politicamente com o governador Flávio Dino e embarcar numa via alternativa para as eleições. E o motivo da inclinação está dentro do PDT, de onde têm sido disparados seguidos petardos destinados a atingi-los, sem que o comando do PCdoB e os braços políticos do Palácio dos Leões ajam no sentido de conter as investidas pedetistas ao aliado. Tal situação surpreende a partir do fato de que Hilton Gonçalo é um aliado que teve participação importante no movimento que levou o Flávio Dino ao poder e tem hoje três municípios sob sua influência política direta – a irmã de Gonçalo, Iriane Gonçalo (SD) é prefeita de Pastos Bons.
Tudo indica que o comando estadual do PDT não engole os movimentos de independência política de Hilton Gonçalo, que aparece em muitas listas como um candidato potencial ao Senado, possibilidade que ganhou reforço depois que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), decidiu retirar sua candidatura a senador. O PDT também não gostou nem um pouco que Hilton Gonçalo tenha contrariado a orientação do PCdoB e apoiado a candidatura do deputado Eduardo Braide (PMN) à Prefeitura de São Luís contra o pedetista Edivaldo Jr..
Nos bastidores, há quem veja um equívoco político na estratégia de hostilizar Hilton Gonçalo – um político forte, que tem mais de 80% de aprovação no seu município, tem ligações políticas em várias regiões do estado – é equivocada. Quem pensa assim avalia que o prefeito de Santa Rita, com o poder político que tem e com o prestígio que desfruta como bom articulador e gestor eficiente, é um aliado valioso, mas pode também se transformar num adversário danoso.