Levantamento feito pela empresa canadense Triple Dragon Communications (TDC) constatou que o Maranhão é um dos sete estados brasileiros com necessidade de adoção de medidas urgentes para interceptação de ligações telefônicas e sinal de internet em presídios.
A intenção da companhia estrangeira é vender tecnologia ao governo local para impedir a entrada de aparelhos nas cadeias e bloquear a comunicação entre líderes de facções criminosas que atuam no sistema prisional do estado e seus soldados nos mais diversos bairros da capital e em regiões do interior.
A TDC será uma das expositoras do maior evento de defesa e segurança da América Latina, que será realizado entre os dias 4 e 7 de abril, no Rio de Janeiro.
Durante a exposição, a empresa fará uma demonstração na qual abordará a crise de dispositivos móveis contrabandeados nas prisões e alertará para carnificina registrada nas prisões brasileiras, onde, só este ano, já foram mortas 140 pessoas, a maioria durante rebeliões, a exemplo das ocorridas em unidades prisionais de Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Natal (RN).
Equipamento
Especializada na fabricação de dispositivos de segurança de alta tecnologia, a empresa do Canadá pretende fornecer ao governo maranhense uma inovação no que diz respeito a bloqueio e interceptação de celulares internet em presídios estaduais e federais. Trata-se da Silentshield (escudo silencioso), aparelho que faz a detecção, identificação e desativação de entrada de celulares nas prisões e outras zonas de acesso restrito para uso em crimes e atos terroristas.
A TDC ressalta que a tecnologia é à prova de sabotagem, pois a operação do sistema não depende de instalação de equipamentos nos presídios, como antenas, sensores, etc. Também garante que famílias e empresas vizinhas não serão afetados pelo bloqueio de sinal e que não serão ouvidos nem gravados conteúdos.
Resta saber agora se a proposta despertará interesse no governador Flávio Dino (PCdoB) e no secretário de Estado de Administração Penitenciária, Murilo Andrade, recentemente aturdidos pela prisão de um ex-adjunto, em uma operação da Polícia Federal, sob a acusação de participação de um esquema montado para desviar recursos da pasta.
Ótimo post fazia tempo que estava procurando algo tão esclarecedor.