O deputado estadual Wellington do Curso (PP) voltou a denunciar, na manhã desta sexta-feira (27), a precária situação em que o Hospital Socorrão II está. Dessa vez, Wellington deu voz à denúncia do paciente Anderson Borges, que está internado no Socorrão II, desde o dia 07 de janeiro, após um acidente de moto e, mesmo em situação de risco, está à espera de cirurgia até hoje.
A denúncia feita tem por fundamento o absurdo que é precisar de indicação de amigo ou político para ter acesso à saúde, já que o jovem Anderson está há 20 dias à espera de inclusão na lista de cirurgia enquanto que outras pessoas, que chegaram depois e em situação menos grave, já conseguiram realizar simplesmente porque um amigo que trabalha no hospital e/ou político “agilizou” o procedimento.
“Nós ficamos cientes da situação do Anderson, através de publicação feita nas redes sociais no dia 07 de janeiro, quando chegou ao hospital, e hoje, quando ainda está à espera da cirurgia. Entramos em contato com a família e tivemos acesso ao desabafo da Vanessa, sua esposa. Infelizmente, só comprova o que a população sofre diariamente com o desrespeito e as filas que continuam no Socorrão II. Também recebemos a denúncia de uma situação semelhante…inclusive, o paciente deu entrada também no dia 07 de janeiro. É o caso do senhor José Alves Silva Filho, de 77 anos, que até hoje está ‘abandonado’ à espera de uma cirurgia. Não são casos isolados, ao contrário, as imagens evidenciam que é a situação de muitos outros ludovicenses.
Enquanto a Prefeitura divulga um hospital sem macas nos corredores, o que nós vemos aqui é exatamente o absurdo que é uma pessoa esperar 20 dias para realizar uma cirurgia. Denunciamos isso, inclusive, desde o dia 07 de abril de 2015, quando alertamos para os ‘dois Socorrões’: um da propaganda e o outro da realidade. Mais revoltante ainda é ver que é preciso ter ‘quem indique’ para conseguir realizar uma cirurgia, por exemplo. Não há filas? Foi o que o Prefeito alegou. Resta saber: esperar mais de 20 dias nos corredores é o quê? Precisar de indicação de amigo ou político para ter acesso à saúde é violar o direito que todo cidadão possui.”
Além da revolta em virtude da fila para realização de cirurgia, Vanessa mencionou ainda as péssimas condições do Hospital, denúncia também feita pelo José Alves, de 77 anos.
“Aqui a comida do paciente é um lixo…Aqui não tem água potável para beber. Água, o básico falta aqui!!! Cada paciente tem que trazer seu ventilador, senão morre queimado de tanto calor. Toda noite ‘durmo’ em uma cadeira de plástico que eu trouxe de casa. São 20 dias sem dormir direito e vendo meu marido passar noites acordado, com dor. Aqui falta material de cirurgia e falta medicamento constantemente. Nesses 20 dias, já presenciamos várias vezes isso. Vergonha!”, desabafou Vanessa.
Atendendo às reivindicações, o deputado Wellington encaminhou ofício ao promotor de Justiça da Saúde, Herbert Figueiredo, solicitando que aprecie a denúncia quanto aos casos de pacientes que estão sem atendimento, bem como
a falta de infraestrutura e condições de funcionamento e, ainda, o fato de alguns pacientes estarem “passando na frente” dos outros simplesmente por terem indicação de parente ou político. Além disso, Wellington encaminhou ofício à Diretoria do Socorrão II solicitando que se manifeste sobre o caso narrado. As solicitações também serão formalizadas na Assembleia Legislativa do Maranhão. Abaixo, a denúncia feita por Wellington:
INFELIZMENTE, NÃO VAI DAR EM NADA.
ESSES PROMOTORES DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO JÁ DEVERIAM SER SUBSTITUÍDOS HÁ MUITO TEMPO. DESDE A GESTÃO DE CASTELO QUE AMBOS NÃO OBRIGAM OS GESTORES A CUMPRIREM A LEI E NEM SUGEREM PENALIDADES.
ELES CONHECEM BEM A REALIDADE E NÃO FAZEM NADA.
É TANTO RELATÓRIO QUE ELES APRESENTAM E NA PRÁTICA DEIXAM A DESEJAR.
FORA, ESSES 2 PROMOTORES!!!