Pesquisas eleitorais com resultados variados, movidas por interesses antagônicos, vêm marcando a campanha para prefeito de São Luís do primeiro ao segundo turno. A cada resultado divulgado, um dos grupos se manifesta com entusiasmo, exaltando ou condenando as intenções de votos apuradas. Em meio às divergências numéricas, o que se vê é o eleitor a cada dia mais consciente e menos influenciável por levantamentos encomendados para favorecer este ou aquele candidato.

As sondagens divulgadas nos últimos dias impressionam pelo grau de disparidade. Já houve instituto que apontou a vitória do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) com oito pontos percentuais de diferença. Outro sacramentou a reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) com 14 pontos à frente do rival. A sondagem mais recente, realizada pelo Ibope e divulgada pela TV Mirante, cravou empate técnico.

Se antes, os resultados divergentes das pesquisas confundiam parcela significativa do eleitorado, agora, geram desconfiança na maioria do povo. Independente do grau de instrução, é cada vez mais raro ver nas ruas quem confie cegamente nos números apresentados no calor da campanha política. Mais esclarecida, a população tende mais a desdenhar do que se deixar levar por estatísticas tão oscilantes. A realidade é que a maioria dos levantamentos fracassou como fator de indução de votos.

Uma das verdades da presente campanha é a consolidação dos institutos de pesquisa como negócios altamente rentáveis. Levando-se em conta a proliferação de empresas especializadas nesse tipo de serviço, o que se constata é um mercado promissor, que se amplia na mesma proporção em que aumenta a voracidade dos diferentes grupos políticos por poder e influência.

A não ser que a Justiça Eleitoral contenha o fenômeno, que divide opiniões quanto à utilidade, legitimidade e seriedade, os institutos de pesquisa continuarão faturando alto, quase sempre sem a credibilidade que deveria nortear seu trabalho.

As diversas pesquisas eleitorais expressam diferentes tendências, mas são incapazes de antecipar resultados. A vontade do povo é soberana e será expressada nas urnas, no próximo domingo.