Caso realmente se confirme, a anunciada declaração oficial de apoio do governador Flávio Dino (PCdoçB) à reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) pode ser decisiva para o desfecho do pleito municipal em São Luís. Mas, diferente da esperança de vitória acalentada pelo comunista e pelo seu séquito palaciano, o efeito de tal adesão divide opiniões. Enquanto uns acreditam que o apoio de Dino pesará a favor do prefeito, muitos outros acham que o envolvimento pessoal do governador na campanha de Edivaldo sepultará de vez a pretensão do pedetista de renovar o mandado.
Faz todo sentido prever o fracasso do prefeito se o comunista subir em seu palanque. Não se trata de torcida contra, mas sim de uma análise fria, baseada em fatos recentes registrados na política local, mais precisamente, nas eleições municipais em todo o estado. Ou alguém duvida que as derrotas sofridas pelo Palácio dos Leões em Imperatriz, Caxias, Pinheiro, Barreirinhas, Grajaú e em tantos outros municípios onde Flávio Dino pediu votos pessoalmente a aliados surrados nas urnas seja um claro sinal de impopularidade do governador e do seu grupo?
Nem mesmo o uso ostensivo da máquina pública estadual evitou a derrota de candidatos a prefeito ungidos pelo poder. Em São Luís, o rugido dos Leões do Palácio é a cada dia mais estridente, com asfaltamento e tantas outras obras públicas em centenas de bairros, todas devidamente registradas pela potente estrutura midiática palaciana. Em tempos de campanha acirrada, a parceria entre governo e prefeitura parece ter sido firmada pelo voto, não a favor do povo.
O desgaste de Flávio Dino salta aos olhos. Não é exagero afirmar que o governo empossado há menos de dois anos frustrou as expectativas de quem confiou na tão propagada mudança, que para uma parcela crescente dos maranhenses não passou de fiasco. O sentimento de frustração está nos lares, nas repartições públicas e, principalmente, nas ruas, sem que o atual governante tenha chegado ao menos à metade do mandato.
Talvez por isso, Flávio Dino continue titubeando em sua intenção de assumir posição oficial na eleição em São Luís. Ressabiado diante das recentes derrotas políticas que amargou, ele é ciente que um eventual revés na capital poderá implodir seus planos e pretensões.
Enfim, se perder também no maior colégio eleitoral do Maranhão, o governador sabe mais do que ninguém que dará um passo largo rumo ao abismo eleitoral em 2018.
Lula e Dilma estão fazendo falta.
São Luís está doente: – Diga 33.
E Lula e Dilma quando vão aparecer? Nenhuma mensagem para o ex conselheiro político ?
São Luís está doente:- Diga 33.