Ao apontar a liderança do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) no segundo turno da eleição para prefeito de São Luís, a pesquisa Escutec divulgada nesta quarta-feira (12) pelo jornal O Estado do Maranhão causou forte abalo no palanque de Edivaldo Holanda Júnior (PDT), candidato à reeleição. O cenário desfavorável forçará a mudança da estratégia de campanha do grupo palaciano, que se vê a cada dia mais atordoado com o risco de perder o poder.
Quatro pontos percentuais atrás de Braide, Edivaldo terá que redobrar os esforços para convencer a maioria do eleitorado da capital de que merece o segundo mandato. Não será fácil, em meio à tendência de reviravolta observada desde os momentos finais do primeiro turno, e que parece não ter cessado, para desgosto de pedetistas, comunistas e demais apoiadores da aliança governista.
Holandinha não terá outra opção, a não ser buscar com mais ardor o corpo a corpo com o eleitor. Os atos políticos de rua, como caminhadas e carreatas, deverão ser intensificados. O contato direto com o povo, os habituais apertos de mãos, beijos, abraços, tapinhas nas costas e as já populares selfies tornaram-se, mais do que nunca, obrigatórios. Qualquer gesto que transmita a impressão de empatia entre o prefeito e a população é válido na tentativa desesperada de evitar o revés.
Em outra frente, a equipe de marqueteiros contratada a peso de ouro por Edivaldo terá que fazer jus a cada centavo recebido, sob pena de um fiasco. Os profissionais de mídia precisarão de muita criatividade para realçar os pontos positivos da gestão municipal, sobretudo no horário eleitoral, e tirar do foco os incontáveis problemas não solucionados, sem contar as promessas não cumpridas, que permanecem vivas na lembrança do povo.
Baixaria
Associado à campanha de rua e à propaganda política, uma arma cada vez mais poderosa, e nem sempre leal, tem se sobressaído na presente eleição: os ataques mútuos entre candidatos e seus partidários na blogosfera e nas redes sociais. O uso indiscriminado e, muitas vezes, abusivo e mal intencionado desse recurso vem marcando a disputa desde a pré-campanha e deixou um rastro de desonra e falta de ética e de profissionalismo, motivando inúmeros processos judiciais por injúria, calúnia e difamação.
Sordidez à parte, é pouco provável que a baixaria acabe. Pelo contrário, até 30 de outubro, o denuncismo e a boataria continuarão dando o tom à sucessão municipal em São Luís.
Ao recorrer à baixaria, em vez de apresentar propostas concretas para melhorar a cidade, políticos mostram que fazem qualquer negócio para não amargar a perda do poder.
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