A trama palaciana que abortou o debate da TV Difusora

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Arredada por Weverton, Difusora poupou o inconsistente Edivaldo de uma saia justa ao abortar o debate
Arrendada por Weverton Rocha, TV Difusora poupou o inconsistente Edivaldo de uma saia justa ao abortar o debate

Emissora arrendada pelo deputado federal Weverton Rocha (PDT) para divulgar as ações dos governos estadual e municipal, rebater denúncias feitas contra o grupo político palaciano e atacar adversários, a TV Difusora foi mais uma vez manipulada para favorecer a candidatura do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) à reeleição. Ao cancelar o debate que faria hoje à noite com candidatos à sucessão em São Luís, a afiliada do SBT serviu novamente aos propósitos daqueles que tramam dia e noite em favor do continuísmo e do caos administrativo na capital.

Desgastado pelo fiasco da sua gestão, turbinada apenas na campanha eleitoral, Edivaldo não tem o mínimo interesse de ir para o confronto com outros candidatos a prefeito. Sem argumentos que legitimem sua pretensão de renovar o mandato, o pedetista enfrentaria saia justa a cada questionamento que lhe fosse dirigido no debate.

Mas, como se esquivar sem passar a impressão de fraqueza e covardia? Para resolver o dilema, os palacianos recorreram a uma artimanha que teve como pivô um laranja, no caso, o deputado estadual e candidato a prefeito Eduardo Braide (PMN), escalado no primeiro debate televisivo da campanha, promovido pela TV Guará, no último dia 22, para atacar sem piedade o também deputado e candidato Wellington (PP), enquanto o ausente Edivaldo assistia, do sofá de casa, ou em algum dos seus comitês.

Bem mandado e, evidentemente, bem recompensado, Braide fez outro tipo de serviço: ajuizou ação judicial em que reivindicava sua participação no debate e obteve êxito. Obrigada pela Justiça incluir mais um candidato entre os debatedores, a Difusora fez diferente: abortou o programa, abrindo mão de uma audiência bem superior à média registrada pela emissora em qualquer horário da sua programação.

Mesmo sem ocorrer, o debate da TV Difusora teve um vencedor. E este foi o prefeito Edivaldo, que, alçado à liderança nas pesquisas graças a um conjunto de obras de infraestrutura e outras ações eleitoreiras e à propaganda maciça e milionária, financiada com dinheiro público, foge do confronto com os adversários. Sabedor que é da sua falta de consistência, o prefeito evita qualquer situação que possa escancarar sua incapacidade.

Enquanto o grupo palaciano comemora o cancelamento do debate, o eleitor perde a oportunidade de conhecer melhor os candidatos a prefeito de São Luís e a emissora de TV mais antiga do Maranhão passa a carregar uma mancha indelével em seus 53 anos de história.

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